Comprar ou vender um imóvel envolve inúmeros processos burocráticos, por isso, antes de entrar em uma negociação, é importante que você avalie se existem irregularidades sobre a propriedade. Mas, afinal, você sabe como é feita a regularização de imóveis?
Escrituras, certidões e outros documentos são fundamentais para tornar o imóvel legível a negociações, além de garantir legalidade perante o pagamento de impostos e outras obrigações. Um imóvel sem escritura, por exemplo, equivale a uma pessoa sem RG.
Pensando nisso, separamos as principais informações sobre o processo de regularização e quais os passos que você deve seguir para regularizar um imóvel. Confira a seguir!
Por que é importante regularizar um imóvel?
A irregularidade de um imóvel pode gerar consequências financeiras e até mesmo a perda da propriedade. Com os documentos em dia, é possível realizar negociações de compra e venda sem maiores problemas, além de se manter em dia com o pagamento de impostos.
Com a regularização imobiliária, o proprietário passa a ter o direito real à propriedade. Caso você não emita escritura, registro ou outros documentos em cartório, não há qualquer tipo de confirmação legal de que o imóvel pertence ao seu nome.
Há inúmeros motivos para você realizar a regularização de imóveis junto à prefeitura, mas o principal é ficar longe de imbróglios judiciais. As consequências são inúmeras, como, por exemplo, o imóvel ser tratado como clandestino pelos órgãos públicos.
Além do pagamento de multas, o proprietário pode ficar impossibilitado de realizar qualquer negociação envolvendo o bem. O imóvel também fica inelegível para casos de doação ou herança.
Quais são os documentos necessários para a regularização?
Se você possui uma propriedade em situação irregular e não sabe como regularizar o imóvel, não se preocupe. Preparamos uma lista com os principais documentos que você deve reunir para dar entrada ao processo jurídico. Anote aí:
Escritura do imóvel;
Contrato de compra e venda;
Matrícula devidamente atualizada;
Certidão de regularização do Habite-se,
Certidões negativas.
É importante lembrar ainda que, além dos documentos básicos citados acima, cada prefeitura pode solicitar outras certidões e comprovantes para avaliar a situação da propriedade. As regras variam de cidade para cidade, com cálculos diferentes de IPTU e outros encargos.
Quais os passos para regularizar um imóvel?
O passo a passo da regularização de imóveis envolve algumas etapas importantes às quais você deve se atentar. Separamos um caminho para você seguir na hora de organizar toda a documentação.
Entrada no cartório
O primeiro passo para a regularização de imóveis é procurar o Cartório de Registro de Imóveis da cidade onde a propriedade está localizada e dar entrada no procedimento. Para isso, você deve apresentar o contrato de compra e venda do imóvel. Com ele, será possível emitir a escritura da propriedade.
Essa é a primeira etapa do processo de regularização, afinal, sem a escritura do imóvel todo o restante dos procedimentos fica invalidado. Por isso, lembre-se de ter a escritura em mãos para, então, solicitar a abertura de matrícula do imóvel.
Alvará de Regularização
Com a matrícula em mãos, o próximo passo que você deve ter em mente é solicitar o Alvará de Regularização, que atesta os procedimentos legais de construção do imóvel.
Vale lembrar que esse documento vale apenas para propriedades já construídas. Em caso de terrenos e obras ainda inacabadas, é necessário dar entrada no Habite-se na prefeitura.
Certidões negativas
Após regularizar o imóvel perante o órgão municipal da cidade de origem do imóvel, é chegada a vez de emitir a Certidão Negativa de Débitos (CND). Essa etapa deve ser realizada em um posto da Receita Federal de sua cidade.
Com esse documento, você poderá regularizar a sua situação financeira com o INSS, além de confirmar se não há dívidas em aberto em seu nome. Esse comprovante também é muito importante para a regularização do imóvel.
Averbação do imóvel
Por fim, mas não menos importante, é fundamental que você confirme a averbação de construção do imóvel, mais um passo que deve ser realizado no Cartório de Registro de Imóveis da cidade de origem da propriedade.
Com esses passos concluídos, finalmente o imóvel está regularizado e em seu nome, podendo agora ser negociado da maneira que você preferir, sem que haja contestação legal para isso.
Empresas desembolsam centenas de milhões de reais por espaços antes ocupados não só por casas, mas até por prédios menores, para dar vez a arranha-céus
A explosão de construções de novos prédios em São Paulo tem levado a uma disputa ferrenha — e cara — por terrenos, especialmente em regiões de alta renda.
As incorporadoras estão desembolsando centenas de milhões de reais por espaços antes ocupados não só por casas, mas até por prédios menores, que agora se tornarão arranha-céus. Mas encontrar um terreno na capital está cada vez mais difícil.
Isso acontece por diversos motivos: São Paulo já é uma cidade com uma vasta área construída, e o atual Plano Diretor, sancionado em 2014, liberou construções de prédios altos apenas em regiões próximas de grandes eixos de transporte público, como estações de metrô.
Para completar, nunca tantos imóveis foram lançados quanto nos últimos anos. Para se ter uma base de comparação, até 2018, o total de lançamentos realizados na capital era de 39 mil unidades ao ano, segundo dados do Secovi-SP — desde então, esse número mais do que dobrou.
Isso gera “briga de foice”, como definem executivos e empresários do setor. E as empresas estão dispostas a pagar caro por uma boa oportunidade. Em 2021, por exemplo, a incorporadora Even conseguiu fechar uma parceria com a tradicional família Malzoni para adquirir um terreno de cerca de 18 mil m² para a construção de um empreendimento. O custo foi estimado em cerca de R$ 500 milhões.
O vice-presidente de operações da companhia, João Azevedo, define essa compra em particular como “especial” e “única”, já que é difícil encontrar um terreno de grandes proporções em uma área próxima e cobiçada como a região da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Mas a negociação, diz o executivo, não foi nada fácil: “Fiz mais de cem reuniões com a família”, lembra.
Caça-terrenos
A competição no mercado e a dificuldade de encontrar novas áreas para incorporação têm até mesmo desenvolvido uma nova atividade: os especialistas em “caçar” terrenos vazios pela cidade. Trata-se de um movimento que começou a ser mais organizado nos últimos anos e que vem se tornando um diferencial competitivo para as incorporadoras que precisam encontrar espaços para viabilizar seus empreendimentos.
No entanto, esse segmento ainda está em estágio inicial e é pouco profissionalizado, segundo o presidente da incorporadora Vitacon, Ariel Frankel. Mesmo assim, a empresa trabalha hoje com cerca de 15 profissionais, entre autônomos e pequenas empresas, que ajudam nesse garimpo de terrenos. “Esses profissionais atuam na fase inicial, depois assumimos a linha de frente”, conta a empresa, mais conhecida por pequenos apartamentos erguidos em áreas nobres da cidade.
A dificuldade de encontrar novos terrenos em áreas desejadas já fez a Vitacon mudar o perfil das aquisições. Recentemente, a incorporadora comprou quatro pequenos prédios nos Jardins. A empresa, no entanto, decidiu não demoli-los, por conta da Lei de Zoneamento. A saída foi partir para uma reforma total. Há neste momento, segundo o executivo, outras negociações para compra de antigos edifícios com o mesmo intuito.
“Buscar terrenos é um
trabalho árduo, com muitas variáveis, além dos detalhes jurídicos. No geral, o que tentamos oferecer é uma evolução patrimonial”, explica Frankel.
A rede de imobiliárias Revenda tem atuado como “olheira” de terrenos nos últimos anos. Especializada em residências de alto padrão, a empresa também criou uma área para buscar terrenos voltada para as construtoras menores.
“As incorporadoras pequenas nos procuram porque não querem inflacionar os valores nas negociações com os proprietários. Assim que eles sabem que é para uma construtora, o preço dispara”, afirma Luiz Guilherme Gimaiel, presidente da Revenda. Segundo ele, é até uma forma de viabilizar a presença de pequenos negócios em um mercado dominado por gigantes.
Periferia
Se a briga nos bairros mais nobres está cada vez mais ferrenha, outro grupo de empresas tenta pegar o que resta de áreas mais periféricas da cidade. É o caso da Plano&Plano, que já tem um banco de terrenos com valor geral de vendas (VGV) acima de R$ 10 bilhões.
Focada nas classes média e média baixa, a companhia tem uma equipe de 15 pessoas para busca e aquisição de terrenos. Somente no ano passado, comprou R$ 2,5 bilhões em espaços e pretende ampliar esse valor em 30% em 2022.
Segundo Rodrigo Luna, presidente da Plano&Plano, a falta de oferta frente a uma demanda fortíssima está causando um aumento expressivo dos preços dos terrenos. “As variáveis do setor são o preço da construção e o preço do terreno. Temos algum controle na construção, mas se os valores das áreas continuarem a subir, quem pagará o preço mais alto será a população”, diz Luna. Com uma taxa de juros que deve ultrapassar os 13% ao ano em breve, isso deve trazer um efeito bem grande para companhias como a Plano&Plano.
Por isso, há uma movimentação no setor
para que haja um debate sobre a revisão de alguns pontos do Plano Diretor de São Paulo, que hoje libera construções mais altas apenas em áreas próximas a eixos de transporte. “O que o setor espera é que o Executivo possa debater a possibilidade de crescer um pouco a oferta de terrenos e até para haver uma diminuição da escalada de preços”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
André Rosa, diretor da JLL, tem uma visão diferente do momento do mercado. Segundo ele, ainda existe uma grande quantidade de terrenos a serem absorvidos. E ele vê opções que só agora começam a ser mais exploradas, como os retrofits (revitalizações) de edifícios antigos. “Não existe escassez de terrenos, o que existe é escassez de terrenos com o preço certo”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Entenda como incluir o financiamento imobiliário no Imposto de Renda
O prazo para entregar o Imposto de Renda (IR) foi prorrogado até o dia 31 deste mês, dando mais tempo para você fazer com calma. Evite deixar para a última hora, pois enviar a declaração com informações incorretas pode trazer dores de cabeça como multas ou a temida malha fina. Um dos itens que traz mais dúvidas é como declarar os imóveis financiados.
Bruno Gama, CEO da plataforma CrediHome by Loft, explica que antes de tudo é necessário saber qual a parcela da população brasileira que precisa fazer a declaração do IR este ano. “Atualmente, os critérios utilizados pela Receita Federal englobam principalmente três grupos: quem recebeu mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis), quem recebeu mais de R$ 40 mil em rendimentos não tributáveis ou tributáveis na fonte (como herança, indenização trabalhista e loterias) ou quem possui bens com valor total maior que R$ 300 mil”, diz Gama.
Ele complementa que o “Leão” ainda exige a declaração de operadores da bolsa de valores, pessoas que tiveram ganhos de rendimentos na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto, indivíduos que receberam rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 142.798,50 na atividade rural ou o cidadão que passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado.
Se o contribuinte se encaixa em um desses grupos e adquiriu um imóvel financiado recentemente, a aquisição precisa estar presente dentro da declaração. Confira o passo a passo para fazer o procedimento da forma correta:
1 – Vá até a aba “Bens e Direitos” do formulário da Receita Federal.
2 – Escolha o código do bem referente ao seu financiamento. Use o código 11 para apartamento ou 12 para casa.
3 – No campo “Discriminação” descreva as informações do financiamento como: forma de pagamento; valor pago na entrada; quanto você usou do seu FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (se for o caso); valor financiado; número de parcelas; linha de crédito; ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis); valores correspondentes aos juros do financiamento; e a taxa de corretagem da negociação.
4 – Separe os valores já pagos do financiamento na declaração para indicar o somatório quitado naquele ano. Dessa forma, no ano seguinte só é necessário fazer as atualizações sobre o financiamento imobiliário, indicando as parcelas pagas no ano em questão.
Gama lembra que, se a declaração do Imposto de Renda é anual, a Receita Federal deseja saber apenas o gasto referente a esse período, independente do tempo de financiamento. “O certo, portanto, é declarar sempre o valor pago até 31 de dezembro do ano anterior. Por isso, é importante discriminar o que já foi pago e o que está parcelado. Por não se atentarem a essa informação, muitos contribuintes cometem o erro de declarar o valor total do financiamento imobiliário”, explica o executivo.
Como declarar o FGTS
O uso do FGTS como parte do financiamento é mais uma dúvida comum no momento de fazer a declaração do IR. “Nesse caso é necessário informar o valor sacado do FGTS na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. Assim é possível comprovar renda suficiente para a aquisição. Esse valor também deve ser incluído na ficha de Bens e Direitos no campo ‘Discriminação'”, orienta Gama.
Outro ponto que levanta incertezas são os casos de imóveis financiados que acabam sendo vendidos durante o parcelamento. Segundo o especialista, o contribuinte que vendeu a propriedade precisa preencher também a declaração do Programa de Ganhos de Capital (GCap) para que as informações referentes à venda sejam importadas de forma automática para a ficha de “Rendimentos sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.
“Esse contribuinte também deve excluir o imóvel da ficha de ‘Bens e Direitos’. No campo ‘Situação em 31/12/2020’, é preciso repetir o valor do imóvel que havia sido informado na declaração do ano anterior. Em seguida, é necessário zerar o campo ‘Situação em 31/12/2021’. No campo ‘Discriminação’, o contribuinte deve informar que a venda foi realizada, incluindo o nome, CPF ou CNPJ do comprador e o valor pelo qual o imóvel foi negociado”, completa o CEO da plataforma.
Pessoas recém-formadas e universitários movimentam o mercado imobiliário. Os três primeiros meses do ano são intenso para o setor: o aluguel de apartamentos gera um aumento de 25% a 30% no volume de contratos. Com a pandemia da Covid-19, o primeiro trimestre dos anos anteriores foi afetado, já que a maioria das universidades e faculdades manteve as aulas online no ano passado. Agora, com um bom andamento da vacinação, os estudos começam a ser retomados de forma presencial.
O diretor de locação da Lello Imóveis, Raphael Sylvester Gonçalves, avalia a retomada como positiva e que o cenário é semelhante ao pré-pandemia. “A gente já viu um comportamento diferente em janeiro, uma alta de 25%, e fevereiro no mesmo panorama”, afirma. O público universitário busca, normalmente, um apartamento com um ou dois dormitórios, que seja próximo do metrô e que esteja em boas condições. Um outro ponto que é levado em consideração na hora do aluguel é que o apartamento seja mobiliado ou semimobiliado. Para os especialistas no ponto de vista financeiro, alugar imóveis para universitários é um bom negócio.
FONTE
FGTS poderá ser usado para pagar até 12 prestações da casa em atraso
A partir desta segunda-feira, dia 2 de maio, o trabalhador terá a oportunidade de utilizar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para pagar até 12 prestações em aberto. Para isso, basta procurar a agência da Caixa onde fez o financiamento habitacional.
Com a medida, válida até o dia 31 de dezembro, será possível utilizar o saldo das contas do FGTS para quitar até 80% das parcelas, com limite de até 12 prestações, consecutivas ou não. Após esse período, o trabalhador voltará a poder utilizar o saldo de suas contas do fundo para realizar o pagamento da prestação nas situações em que existirem até três parcelas em atraso.
De acordo com a a Caixa, as demais regras que regulamentam a utilização dos recursos das contas do FGTS para aquisição da moradia, liquidação, amortização ou pagamento de parte das prestações adimplentes de financiamentos habitacionais, permanecem iguais.
A aprovação do financiamento imobiliário, assim como vários outros tipos de crédito, está sujeita a análise de instituições financeiras que avaliam informações como renda mensal e histórico de pagamento. Geralmente estes dados formam uma espécie de pontuação que determina se o cliente é um bom pagador ou não. Uma destas pontuações é o Serasa Score, que tem grande influência sob a aprovação do crédito para comprar uma casa. Nesse sentido, a CrediHome, plataforma de crédito imobiliário, explica como funciona o sistema e como é possível aumentar a pontuação para ser aprovado pelo banco.
O Serasa Score é uma pontuação definida pela Serasa, no qual as instituições financeiras usam para entender o perfil dos consumidores antes de disponibilizar qualquer tipo de crédito a eles. É uma pontuação que vai de 0 a 1000 e indica as chances de o consumidor pagar suas contas em dia nos próximos 6 meses. Quanto mais alta for a pontuação, mais chances de conseguir crédito, sendo que:
Com até 300 pontos, o mercado entende que o cliente tem um alto risco de inadimplência; Há um risco médio entre 300 e 700; Há um baixo risco para aqueles que acumulam pontuação acima de 700.
Basicamente, a pontuação reflete o comportamento financeiro. Toda vez que se atrasa o pagamento de uma conta, seja ela de luz, água, aluguel ou cartão de crédito, o score corre o risco de cair. A pontuação, portanto, é calculada com base em informações relevantes para a análise de risco de crédito, como dados cadastrais, histórico de consultas, dados negativos e positivos.
É possível consultar o score gratuitamente no próprio site do Serasa. Basta clicar em “consultar CPF grátis”, digitar o seu CPF e informar a senha. Caso não tenha cadastro, basta preencher e criar uma senha.
Qual é a importância do Serasa Score para conseguir crédito?
As instituições financeiras sempre consultam o score de crédito antes de liberar um empréstimo ou financiamento imobiliário. Compras parceladas, assinatura de serviços e cartões de crédito também seguem o Serasa Score. Afinal de contas, é um risco emprestar dinheiro para uma pessoa que poderá pagar.
Portanto, quem não tem uma pontuação atrativa dificilmente vai conseguir a liberação do crédito. Além disso, quando consegue, certamente vai ter que pagar caro por isso, uma vez que o risco de não quitar a dívida é bem alto, e as taxas de juros cobradas vão ser maiores.
O que é possível fazer para aumentar o score?
Limpe o nome
Limpar o nome é fundamental para aumentar o Serasa Score. No caso de dívidas atrasadas. O cliente precisa começar a se organizar e negociar com os credores para pagá-las. Do contrário, dificilmente as instituições irão aumentar a pontuação.
Atualize os dados
Quanto mais exatas as informações básicas (endereço, idade, telefone) forem, mais confiável será o cadastro. Para atualizar, é possível pelo próprio site ou dirigindo-se a uma agência da Serasa.
Pague as contas em dia
É essencial pagar as contas em dia. Uma boa dica é incluir todas elas no débito automático, pois assim não corre o risco de esquecer de alguma e ter o nome negativado.
A pontuação do Serasa Score é bem dinâmica, e é calculada no momento em que se faz a consulta, refletindo todo o comportamento do cliente até aquela hora. Se preocupar com o Serasa Score é se preocupar com a imagem passada para as instituições financeiras. Por isso, é fundamental se atentar sempre ao orçamento e também à pontualidade dos pagamentos.
Norma autoriza isenção do tributo para quem utilizar os recursos dessa venda para quitar, total ou parcialmente, financiamentos imobiliários contratados anteriormente.
Quem vende um imóvel passou a ter mais uma alternativa para ficar livre do Imposto de Renda (IR) sobre o que lucrou com o negócio.
Sem alarde, a Receita Federal publicou norma que autoriza a isenção do tributo para quem utilizar os recursos dessa venda para quitar, total ou parcialmente, financiamentos imobiliários contratados anteriormente.
Para ter direito ao benefício, a quitação deve ser feita em até seis meses após a venda do primeiro imóvel.
Em regra, quem vende um imóvel paga alíquota de 15% a 22% sobre o ganho de capital, ou seja, a diferença entre o que pagou e quanto recebeu pela venda da casa ou apartamento.
Em 2005, para estimular a construção civil e o setor imobiliário, o governo isentou do IR sobre ganho de capital quem usasse o dinheiro, em até seis meses, para comprar um novo imóvel.
A Receita, porém, exigia que o novo contrato fosse firmado só depois da venda do primeiro imóvel para conceder o benefício.
Isso levou muitos contribuintes a procurarem a Justiça para não pagar o tributo na quitação de um imóvel financiado anteriormente – pedidos que vinham sendo atendidos por juízes.
“A maioria das pessoas, quando vende um imóvel, é para comprar outro para morar. Dificilmente, alguém vende a casa antes de comprar outra, porque não quer ficar sem ter onde morar”, explica o advogado Luca Salvioni, sócio da área tributária do Cascione Advogados.
Além de beneficiar pessoas físicas, a mudança pode ajudar a aquecer o mercado imobiliário. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou que a medida é “extremamente positiva” e tende a auxiliar no impulso da recuperação do setor.
“O governo abre a possibilidade para usar o ganho de capital de outras formas.”
Por outro lado, ele tem preocupação com o descasamento da capacidade de compra das famílias com o preço de venda dos imóveis, tendo em vista que a inflação do setor foi superior à inflação geral.
Já a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) diz que a medida é benéfica aos contribuintes, “pois apresenta mais uma possibilidade de isenção no ganho de capital na venda de imóveis”.
“Porém, também seria necessário a adoção de mais medidas a favor do contribuinte que compra imóveis, uma delas seria a possibilidade de usar os juros do financiamento na dedução do IRPF.”
Procurada, a Receita afirma que o “reconhecimento da isenção foi feito com base em jurisprudência pacificada do Superior Tribunal de Justiça (STJ)”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Espaço maior ou emprego? Saiba por que o brasileiro muda de casa
Um dos principais impactos da pandemia no país foi na forma como os brasileiros se relacionam com as suas casas. Além do home office, esse espaço também passou a ser mais valorizado, a tal ponto que muitas pessoas mudaram de endereço nestes dois anos atípicos. Uma nova pesquisa joga luz sobre o fenômeno e sinaliza que algumas suposições que foram tomadas quase como verdades não necessariamente se confirmam.
Três em cada dez brasileiros (ou 28%, para ser mais preciso) mudaram de casa na pandemia, revela uma pesquisa encomendada pela Loft Analytics, a área da Loft de análises sobre o mercado imobiliário. O painel foi conduzido pela empresa Offerwise e ouviu 1.500 pessoas das cinco regiões do país entre o fim de fevereiro e o início de março.
Em uma janela de tempo mais extensa, de quatro anos, o percentual de brasileiros que se mudaram sobe para 36%, sinalizando que a concentração desse movimento aconteceu, de fato, nos dois anos de pandemia.
Mas as respostas sobre as razões que motivaram a mudança apontam uma realidade muito mais diversa do que a "tese popular" de que os brasileiros deixaram as capitais em busca de qualidade de vida no interior ou na praia ou que a busca por espaços maiores foi predominante de forma ampla.
Veja abaixo os 10 principais fatores citados por quem mudou de residência:
Necessidade de mais espaço: 12%
Reajuste do aluguel: 10%
Proximidade de familiares ou amigos: 9%
O proprietário pediu o imóvel: 9%
Região mais tranquila: 6%
Problemas no imóvel anterior: 6%
Proximidade do trabalho: 5%
Mudança por causa do trabalho: 5%
Espaço para fazer home office: 4%
Necessidade de menos espaço: 3%
“Por um lado, temos as famílias que passaram a estudar, trabalhar e ter momentos de lazer dentro de casa, e que, por isso, acabaram prestando mais atenção a esse ambiente. Pessoas que decidiram buscar moradias com cômodos maiores e mais bem divididos, para que fosse mais fácil separar os momentos de trabalho e lazer", disse Fábio Takahashi, gerente de dados e de conteúdo da Loft.
"Por outro lado, temos as famílias que perderam renda e não conseguiram arcar com o reajuste do valor do aluguel. Para essas pessoas, a mudança foi uma necessidade”, explicou.
Ou seja, o aumento de pessoas que se mudaram para espaços maiores conta apenas uma fração da história: uma em cada seis praticamente (12% de quem buscou mais espaço + 4% do espaço por home office).
Mas fatores "negativos" como reajuste do aluguel, pedido do imóvel de volta pelo proprietário e problemas no imóvel anterior, entre outros, responderam por 30% das mudanças realizadas.
Os indícios de que a fuga para o interior ou a praia é menos abrangente do que se pressupunha aparecem também nas respostas à pergunta sobre quais são os motivos relacionados com o trabalho que motivaram a mudança:
Ficar mais perto do emprego que já tinha: 17%
Perdeu o emprego e a renda: 9%
Começou a trabalhar de casa: 8%
Mudou a pedido da empresa: 4%
Ficar mais perto do novo emprego: 4%
A perspectiva do home office é a razão apontada por apenas uma em cada doze pessoas (8%) entrevistadas, enquanto uma em cada cinco (21%) se mudaram devido ao desejo de ficar mais perto do trabalho.
A Loft, empresa que encomendou a pesquisa, é uma das maiores startups dedicadas ao setor imobiliário do país, com uma plataforma digital de compra e venda e o objetivo de simplificar as transações por meio de ações como verificação de informações das duas partes e facilitação do acesso a soluções financeiras, especialmente o crédito.
A startup foi fundada em 2018 pelos empreendedores Florian Hagenbuch e Mate Pencz e conta atualmente com mais de 40.000 imóveis à venda em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Guarulhos.
No entanto, realizar o desejo não é simples, sendo necessário avaliar diversos fatores, como a situação financeira atual e definir o valor que poderá ser investido mensalmente, além da forma como a residência será adquirida.
“A principal orientação é reduzir gastos e poupar um valor predeterminado todos os meses. Em alguns anos, conseguirá comprar a casa à vista e não pagar juros”, conta Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros).
Domingos explica que “é preciso entender que, com o dinheiro aplicado, os juros trabalham a seu favor, enquanto no financiamento se paga juros”.
Porém, pagar o imóvel à vista é uma realidade distante para a maioria das pessoas, que acabam recorrendo ao financiamento imobiliári
“É fundamental ter em mente que, escolhendo o financiamento, se estará contraindo uma dívida de valor, que deverá ser honrada todo mês. Além disso, é importante saber que existem os juros que, somados ao longo do contrato, podem significar o pagamento de até duas ou três casas”, diz.
Para o educador financeiro, uma alternativa para quem não tem urgência em mudar e tem disponibilidade de uma verba de investimento mensal é o consórcio.
Neste caso, se pagará menos e, se tiver sorte, poderá ser sorteado e ganhar a casa rapidamente, além de também poder economizar para dar um lance.
Confira as oito dicas de Reinaldo Domingos para comprar a casa própria:
Reúna a família e converse sobre este tema, definindo lugar, valor e as reais condições que se encontram;
Um ponto a ser levado em consideração é o custo de vida da região em que irá mudar, que pode ser mais alto que o atual. Também considere os gastos com transporte;
Analise o valor do aluguel que está pagando e, se for o mesmo valor da prestação de um financiamento, poderá ser uma opção financiar o imóvel;
O melhor caminho é poupar parte do que ganha. Portanto, faça uma simulação em qualquer banco de quanto custaria a prestação deste imóvel e comece a guardar em um investimento conservador, como poupança, CDB ou tesouro direto;
Lembre-se de que o financiamento de um imóvel é considerado dívida de valor; por isso deve ser protegida e garantida uma prioridade frente às demais despesas mensais;
Tenha sempre uma reserva estratégica, para que em uma eventualidade não deixe de honrar este importante compromisso;
Caso não esteja conseguindo pagar a prestação da casa própria, é preciso rever imediatamente os gastos, em especial as pequenas despesas, que, somadas, podem levar uma família ao desequilíbrio financeiro;
Nunca se esqueça que um novo imóvel demanda novos custos, como mobiliário novo, condomínio, taxas de transferência etc.
FONTE: MONEY TIMES
Corte de juros pela Caixa amplia acesso a crédito imobiliário, diz presidente da Abrainc
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24), o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz Antonio França, disse que o corte de juros para financiamento imobiliário pela Caixa vai ampliar o acesso ao crédito para as pessoas que sonham em ter uma casa própria.
“Quando vemos uma política de taxa de juros como a que foi anunciada pela Caixa, abaixo de 9%, no cenário atual da economia brasileira, isso se mostra um indutor para as pessoas que querem comprar imóvel aproveitarem esse momento”, afirmou.
Segundo anúncio feito pela Caixa, as novas taxas partem de 2,8% ao ano mais a remuneração da poupança (hoje em 6% mais a TR, taxa referencial, que totaliza 6,17%). Nesta condição, a taxa anual máxima vai a 8,97% ao ano, segundo a instituição.
O presidente da Abrainc disse que a redução nos juros é significativa principalmente ao comparar com as outras taxas que atualmente compõem o mercado.
“A taxa de juros do crédito imobiliário comparada à Selic é muito atrativa. Eu não vejo hoje no mercado um banco oferecendo dinheiro para uma empresa na mesma taxa e no mesmo prazo, então é uma oportunidade que as pessoas têm de aquirir sua casa com planejamento de longo prazo”, destacou.
O anúncio da redução dos juros do financiamento para a casa própria ocorreu nesta quinta-feira (24), em evento da própria Abrainc, em São Paulo. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a mudança vale a partir de segunda-feira (28).
Fonte: CNN BRASIL
Financiamento imobiliário sobe 18,5% em janeiro e segue em desaceleração
Setor enfrenta cenário de inflação elevada e juros subindo.
O financiamento imobiliário com recursos da poupança no Brasil cresceu 18,5% em janeiro ante mesma etapa do ano anterior, a R$ 14,6 bilhões, informou nesta terça-feira (22) a Abecip, que representa as entidades financiadoras de compra de imóveis.
O número reforça a desaceleração do setor, na esteira do ciclo de alta do juro, em meio aos esforços do Banco Central para conter a inflação alta. Em janeiro de 2021, o crescimento do setor tinha sido de 72% sobre o ano anterior.
Desde então, a taxa básica de juros no país subiu de 2% para 10,25% ao ano. E a expectativa média de economistas é de que a taxa Selic subirá ainda mais nos próximos meses.
As concessões de janeiro já foram 13,1% inferiores ao registrado em dezembro. No acumulado em 12 meses até o mês passado, porém, o montante financiado somou R$ 207,68 bilhões, alta de 60,8% em relação ao período anterior.
Crédito imobiliário: compare as taxas dos bancos com a Selic a 10,75%
Levantamento da plataforma de comparação MelhorTaxa revela não só o aumento das taxas médias como maior rigor na concessão do financiamento
A alta intensa da taxa Selic, que passou de 2% ao ano em março de 2021 para os atuais 10,75%, tem impacto direto no custo no financiamento imobiliário.
A média das taxas de juros cobradas por bancos nessa modalidade de crédito saiu de 6,96% quase um ano atrás para 9,33%, uma alta de 2,37 ponto percentual, segundo levantamento do comparador MelhorTaxa para a EXAME Invest.
A subida dos juros do crédito habitacional se intensificou a partir do segundo semestre de 2021. No primeiro mês de 2022, o movimento foi liderado pela Caixa, cuja taxa média subiu de 8,30% para 8,90% ao no.
Apesar da alta, a Caixa continua a oferecer a menor taxa média cobrada pelos grandes bancos: 8,9% ao ano. O Itaú (ITUB4) cobra, em média, 9,1% ao ano; o Banco do Brasil (BBAS3), 9,15% ao ano; o Bradesco (BBDC4), 9,5% ao ano; e o Santander (SANB11), 9,99% ao ano.
Veja abaixo a evolução da taxa média de juros desde o começo de 2021:
Volta da segmentação de clientes
Além de o crédito ter ficado mais caro, Paulo Chebat, CEO do MelhorTaxa, apontou que os bancos voltaram a segmentar clientes por renda, algo que tinha sido suspenso com a queda da Selic para a mínima histórica de 2% ao ano.
Clientes com renda mais alta, além de terem maior facilidade para obter a liberação do crédito, pagam taxas mais baixas no crédito imobiliário, ainda que tenham que aceitar contrapartidas como a contratação de serviços. Para clientes com renda considerada intermediária, as taxas de juros são mais elevadas, afirmou o especialista.
Trata-se de um movimento de retração dos bancos esperado no cenário de baixo crescimento econômico previsto para este ano, disse o executivo. "Para os bancos é importante separar clientes com menor risco de crédito."
Segundo a mediana das projeções do mercado financeiro que consta do último boletim Focus, a Selic encerrará 2022 em 11,75% ao ano. Ou seja, as taxas do crédito imobiliário ainda têm espaço para subir mais.
Apesar de as taxas terem aumentado, outras condições para os empréstimos não sofreram alterações: o valor mínimo exigido para entrada continua a ser de 20% do total financiado, e o prazo máximo do contrato é de 30 anos.
Em nota, o Banco do Brasil aponta que suas taxas partem de 7,99% ao ano mair a TR e variam conforme perfil do cliente, prazo do financiamento (quanto menor o prazo do financiamento, menor a taxa de juros) e relacionamento com o banco. Atualmente, oferece até 180 dias para o pagamento da primeira parcela e escolha de um mês por ano sem cobrança da parcela, que é diluída ao longo do financiamento.
Como escolher uma linha de crédito
Para quem busca o crédito mais barato para a compra da casa ou do apartamento, a recomendação continua a mesma: é necessário e fundamental comparar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento. Trata-se do cálculo de todas as despesas previstas em um contrato de financiamento.
Especialmente para quem tem mais de 36 anos, o custo do seguro habitacional pode exigir uma pesquisa mais aprofundada, pois tem grande impacto sobre o custo do crédito, disse Chebat. "Em alguns seguros, o aumento do custo é linear. Em outros, o reajuste acontece a cada cinco anos, o que tem grande influência sobre a parcela."
Os bancos devem oferecer, por lei, duas opções de mercado além de seu próprio seguro. Quem tiver paciência para esperar por um período mais extenso pode exigir o cumprimento da regra pelo banco, afirmou o especialista. "É um processo que pode durar meses e acarretar o pagamento de taxas adicionais."
Quando e se o banco condicionar a oferta de uma taxa de juros mais baixa à contratação de alguns serviços, é necessário fazer as contas dos custos adicionais para verificar se o benefício, de fato, compensa no fim das contas.
Alternativas ao financiamento
Quem não consegue obter crédito para a compra do imóvel nos bancos tradicionais tem a alternativa de tentar em startups como a CashMe, que pertence à Cyrela (CYRE3), ou em bancos médios como o Bari, que oferecem linhas que financiam a compra da casa ou do apartamento com um processo de análise de crédito mais flexível.
Mas há diferenças importantes: as linhas de crédito cobram uma taxa de juros mais alta do que a dos bancos, e o financiamento é indexado ao IPCA, o índice de inflação ao consumidor, que encerrou o ano de 2021 com alta de 10,06%. Ou seja, o valor da parcela pode oscilar ainda mais ao longo do tempo. O valor de entrada pode ser maior.
Outra forma de ter acesso a um imóvel é optar por um consórcio: formalmente, não há cobrança da taxa de juros, mas, sim, de uma taxa de administração que varia entre as administradoras e cujo custo é elevado também.
É necessário muito cuidado na escolha, que não se reduz à taxa de administração, disse Chebat. "Em alguns consórcios, quem quiser parar de pagar a parcela tem de esperar a dissolução do grupo para obter a restituição do dinheiro desembolsado", ressaltou o especialista sobre o risco de ficar com o dinheiro aplicado preso.
Pesquisa inédita feita pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha revela as preferências dos brasileiros em relação à moradia, e aponta o perfil médio do imóvel no país.
Quais são as preferências dos brasileiros ao sonhar com sua moradia? Como as pessoas enxergam as características do próprio lar? Uma pesquisa realizada pelo QuintoAndar em parceria com o Datafolha entrevistou mais de 3.000 brasileiros para responder a essas e outras perguntas. O levantamento apontou as percepções sobre a moradia no Brasil, além de ter captado as mudanças ocorridas durante a pandemia do coronavírus.
"Sabemos que a moradia ficou ainda mais em evidência durante a pandemia. A casa virou o lugar onde as pessoas moram e trabalham, então a questão do espaço para trabalhar ou para os filhos estudarem foi algo que incentivou a busca por um novo lar", explicou João Chueiri, chefe de marketing do QuintoAndar, à EXAME Invest.
A pesquisa revelou que 70% dos entrevistados têm casa própria, dos quais 62% já quitaram o imóvel. O número de pessoas que moram em imóveis alugados foi de 27%, e outros 3% moram em lares cedidos ou emprestados. A casa própria apareceu, em uma escala de prioridades, com um peso similar ao desejo de ter uma família, ter estabilidade financeira e até ter uma profissão.
Os dados não corroboram a percepção de que as novas gerações não almejam mais comprar um imóvel, ao contrário da geração de seus pais ou avós. A pesquisa do QuintoAndar, feita com o Datafolha, revelou que cerca de 90% dos brasileiros com idade entre 21 e 34 anos dizem sonhar em ter uma casa própria. O sonho é mais presente nas famílias de classes C,D e E.
Perfil dos lares brasileiros
Dois quartos, garagem e quintal ou varanda: esse é o perfil mais comum das moradias brasileiras. O estudo, que segmentou os resultados por perfil de renda, mostrou que alguns aspectos, como a disposição de um escritório em casa, são mais presentes no público A e B.
É natural pensar que a renda contribui para uma oferta de um espaço maior e de mais cômodos, mas o desejo de um local para trabalhar e de um espaço adequado para um animal de estimação são pontos de mudança que estão presentes em respostas de entrevistados de diferentes classes e que foram reforçados pela pandemia do coronavírus.
"Não foi só isso. O quarto ganhou mais importância, e alguns hábitos, como cozinhar e fazer uma oração, se tornaram mais presentes no lar", diz o chefe de marketing do QuintoAndar.
Cerca de 60% dos lares brasileiros já são habitados por um animal de estimação, como aponta a pesquisa, o que torna o espaço para cuidar de um cão ou gato ainda mais relevante.
"A pesquisa nos deu insights interessantes sobre o que as pessoas querem ou necessitam. No caso dos animais de estimação, incluímos um filtro que permite saber em quais lares esses moradores são também bem-vindos", cita Chueiri.
Outro ponto sensível da pesquisa foi a constatação de que boa parte das pessoas que moram sozinhas, em especial aquelas mais velhas, são mais velhas e já têm algum problema de saúde. É possível filtrar, por exemplo, qual o grau de acessibilidade daquele imóvel..
Entidade que reúne bancos e instituições do segmento prevê que o financiamento imobiliário alcançará o volume de R$ 260 bilhões neste ano.
A volta da taxa Selic ao patamar de dois dígitos não deve impedir a continuidade da expansão do crédito imobiliário no país. O diagnóstico é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que prevê que o financiamento imobiliário alcance um volume recorde de 260 bilhões de reais até o fim de 2022.
No ano passado, o financiamento imobiliário chegou a 255 bilhões de reais. Frente a 2020, houve um crescimento de 46%. A perspectiva para 2022, portanto, é a de nova expansão, ainda que menos intensa.
“Teremos o segundo melhor ano da história. Em 2020 e 2021, tivemos um crescimento muito forte. Podemos dizer em que 2022 andaremos de lado, mas, mesmo assim, esperamos recordes em volume”, disse José Ramos Rocha Neto, novo presidente da Abecip, em entrevista à EXAME Invest.
O executivo foi eleito no fim do ano passado e permanecerá no cargo no próximo biênio 2022/2023.
A perspectiva otimista da associação é baseada em uma série de fatores. Um deles é que as incorporadoras ainda estão no ciclo de crescimento e é esperado um número alto de entregas de imóveis até 2023.
De acordo com Rocha Neto, o número de ofertas será absorvido porque o estoque de imóveis no Brasil ainda está baixo. “Isso manterá a sustentação do crédito.” Somado a isso, ele aponta um problema que está longe de ser resolvido no país, que é o chamado déficit habitacional, estimado em cerca de 7 milhões de habitações.
Aumento nos juros inviabiliza casa própria para 3 milhões de famílias, aponta estudo.
Taxa Selic chegou em 10,75% ao ano, oitavo avanço consecutivo do índice, cujo ciclo começou em abril de 2021.
O aumento na taxa básica de juros, a Selic, afastou cerca de 3 milhões de famílias brasileiras da aquisição da casa própria. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o reajuste no indicador, anunciado na última quarta-feira (2), encareceu ainda mais o financiamento imobiliário no país.
Durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic saltou de 9,25% para 10,75% ao ano. Trata-se do oitavo avanço consecutivo do índice, cujo ciclo começou em abril de 2021.
O coordenador do curso de desenvolvimento de negócios imobiliários da FGV e responsável pelo estudo, Alberto Ajzental, explica que a cada reajuste de 2,5% na Selic, há o aumento de 1 ponto percentual no custo do financiamento total dos imóveis.
Quem investe em imóveis deve ter em mente que a realização de reformas se reflete na valorização do empreendimento. Atender às necessidades do mercado e do locatário facilita a locação e até a possível venda. Essa relação é válida tanto para imóveis residenciais como para comerciais.
Para o segundo segmento, existem empresas especializadas em gerenciamento de propriedades, que também auxiliam na preservação do valor dos imóveis. Para entender sobre o assunto, o professor Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários da EXAME Academy, entrevistou no programa FIIs em EXAME desta sexta-feira, dia 4, Fábio Martins, diretor de gerenciamento de propriedades da consultoria JLL.
Está começando a investir e não sabe como operar fundos imobiliários? Aprenda com o professor Arthur Vieira de Moraes todas as ferramentas
Martins explicou que o gerenciamento de propriedades abrange tanto a parte operacional do imóvel, como elevador, ar condicionado e energia, como o segmento de gestão empresarial.
“Na gestão é avaliada a desvalorização, os investimentos e as adequações que devem ser feitas. É importante focar no futuro do imóvel. Todo empreendimento, mesmo entregue novo, vai se deteriorando com o uso. Com estudo e vistoria técnica, rastreamos as necessidades e fazemos um planejamento de investimentos e encaminhamos aos proprietários.”
Esse tipo de estudo, em geral, tem um prazo de um a cinco anos, dependendo da necessidade do empreendimento.
O especialista citou como exemplo as trocas das catracas dos imóveis, cujos modelos passaram por uma modernização no mercado, com foco tanto na parte estética como na agilidade e controle. As trocas já vinham ocorrendo, mas foram impulsionadas pela pandemia de coronavírus. “Houve uma melhora com a integração de software, programas e elevadores. Tudo agora é digitalizado. Melhorias que mantem a atratividade do imóvel.”
Segundo Martins, outro fator de atração em imóveis comerciais que ganhou força nos últimos anos foi a oferta de serviços aos frequentadores do imóvel, como poder estacionar o carro e ter no mesmo espaço físico um serviço de lavagem de automóveis; ou um supermercado na área comum. “São serviços que acabam sendo até uma maneira de atrair quem está em home office”, acrescentou Vieira de Moraes.
Vai alugar ou comprar um imóvel? 5 pontos que brasileiros mais valorizam.
Pesquisa do DataZAP+, publicada em primeira mão pela EXAME Invest, revela como estão as preferências dos brasileiros depois de quase 2 anos de pandemia
Nos primeiros meses da pandemia, a partir de março de 2020, o mercado imobiliário começou a testemunhar mudanças de comportamento nas preferências dos brasileiros. Apartamentos e casas com espaços maiores passaram a ser mais valorizados, enquanto o peso da localização -- cuja referência era a proximidade com o trabalho -- diminuiu.
Com a pandemia prestes a completar dois anos e o avanço da vacinação oferecendo maior segurança para a população, como estão as preferências do brasileiro na hora de escolher um imóvel para compra ou aluguel?
Para responder essas perguntas, o DataZAP+, divisão de dados de um dos maiores e mais importantes grupos do mercado imobiliário do país, realizou mais de 800 entrevistas com usuários dos portais ZAP e Viva Real residentes em regiões metropolitanas do país no fim de novembro. Foi a quinta pesquisa sobre as preferências desde o início da pandemia.
"Os resultados consolidam um novo normal do que parecia ser a superação da pandemia, com o avanço da vacinação e a melhora do quadro sanitário, ainda que tenha sido realizada antes da Ômicron. As pessoas retomavam a rotina usando máscaras e tomando cuidados sanitários", disse Pedro Tenório, economista do DataZAP+, à EXAME Invest.
Os resultados são divulgados em primeira mão pela EXAME Invest. Veja a seguir 5 destaques:
1. A busca por imóveis é a maior desde o início da pandemia
Quatro em cada dez entrevistados disseram que a busca por imóveis aumentou muito (21%) ou um pouco (outros 21%) em relação ao início da pandemia. Trata-se do maior percentual da série histórica (curta) dessa pesquisa. No momento da primeira onda, apenas uma pessoa em cada 25 demonstrava a mesma intenção, o que seria esperado.
Por outro lado, apenas 9% disseram que a procura por imóveis diminuiu muito em relação ao início da pandemia. Na pesquisa conduzida no momento da primeira onda da pandemia, esse contingente era de 60%.
"Os resultados indicam que as pessoas aprenderam a conviver com a pandemia e enxergam uma redução das incertezas, a ponto de voltar a tomar decisões cujos efeitos se alongam, como assumir um contrato de aluguel", disse Tenório.
2. Home office continua relevante. Em especial, para quem ganha mais
Seis em cada dez brasileiros (58% do total) dizem que é muito importante que o imóvel alugado tenha um espaço dedicado para o home office, e cinco em cada dez (53%) no caso do imóvel adquirido.
Segundo o economista do DataZAP+, tal diferença se explica pelo fato de que, na procura por imóveis cuja permanência será em tese menor, as pessoas tendem a ter preferências mais específicas. O racional implícito é que, se a preferência do morador mudar, será menos trabalhoso trocar de imóvel do que se ele fosse comprado.
Na estratificação das preferências pelo corte de impacto da pandemia na renda, 50% dos entrevistados que passaram a ganhar mais disseram que é muito importante ter um imóvel com home office; para quem passou a ganhar menos, esse espaço foi considerado muito importante por apenas uma em cada três pessoas (34% do total).
3. O que os brasileiros mais valorizam: imóvel arejado e com luz natural
Praticamente oito em cada dez entrevistados (76% do total) disseram que dispor de um imóvel com as características acima é muito importante, o que sinaliza a valorização de características quem passou a fica mais tempo em casa.
Logo a seguir, completando o top 5, as características mais citadas foram:
Imóvel com ambientes mais bem divididos: 67%
Imóvel localizado em uma vizinhança com mais comércios e serviços: 66%
Imóvel com vista, visão desimpedida: 64%
Imóvel com varanda: 59%
O terceiro item mais mencionado, a oferta de comércio e serviços nas próximidades, corrobora a tendência mais ampla de valorização da comodidade pelos brasileiros, que se reflete também no crescimento do delivery (entregas).
"Tanto o home office como o distanciamento social implicam mais tempo em casa. E isso valoriza ainda mais poder morar em um imóvel arejado, com vista desimpedida e varanda, como citado na pesquisa", afirmou Tenório.
4. O que é menos valorizado: condomínio com mais serviços
A pesquisa da DataZAP+ traz uma revelação de certa forma surpreendente: apenas um em cada cinco brasileiros (18% do total) que estão na jornada de compra ou aluguel de imóveis considera muito importante ou importante que o condomínio disponha de serviços adicionais como lavanderia, mensageria, aplicativo do condomínio etc.
Pode ser considerado uma descoberta surpreendente porque, faz alguns anos, incorporadoras apostam e oferecem cada vez mais tais espaços ao lançar prédios residenciais novos. E isso tem um custo na construção e na manutenção mensal, aqui cobrada por meio de um condomínio de valor mais elevado, com funcionários etc.
Completam o top 5 invertido, dos itens menos valorizados:
Imóvel situado em um andar mais alto: 27%
Condomínio com áreas de lazer: 34%
Imóvel com um ambiente para escritório: 36%
Imóvel com mais banheiros: 43%
O fato de que apenas um em cada três entrevistados diz que é muito importante ou importante que o imóvel tenha um ambiente para escritório sinaliza que parte dos que querem um home office no imóvel entende que basta um espaço para uma mesa com cadeira
-- que não a mesa de jantar
-- em algum canto da casa.
5. Morar perto do trabalho voltou a ser mais valorizado
Um dos comportamentos fundamentais alterados no começo da pandemia havia sido a queda na valorização de morar perto do trabalho, diante do fato de que um número maior de pessoas passou a trabalhar de home office.
Uma dúvida importante do mercado, de incorporadoras e imobiliárias era -- e continua a ser -- até que ponto a localização havia perdido relevância na decisão de compra ou aluguel de imóvel.
A pesquisa do DataZAP+ sugere que essa mudança de comportamento começa a perder força, embora seja necessário analisar as respostas em um período mais prolongado para se chegar a conclusões mais sólidas.
Quatro em cada dez entrevistados (43% do total) disseram que morar perto do trabalho é muito importante ou importante.
Entre os que pretendem alugar um imóvel, esse percentual chega a 48%. Na pesquisa realizada na quarta onda, em março de 2021, esse item havia sido citado por 32% dos brasileiros. Por outro lado, para quem deseja comprar um imóvel -- leia-se decisão mais duradoura de vida --, o percentual é menor, de 34% que valorizam esse aspecto.
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais acumulou uma alta de 3,87% durante 2021, segundo dados do Índice FipeZap divulgado nesta terça-feira (18). É o maior salto desde 2019, quando atingiu 4,93%.
O indicador, um dos principais do mercado imobiliário, acompanha o comportamento de preços de locação residencial em 25 cidades brasileiras. No mês de dezembro, viu uma alta mensal de 0,80% – a sexta consecutiva, apesar de permanecer abaixo da inflação calculada pelo IPCA, de +10,06%, e pelo IGP-M, de +17,78%.
Adeus, IGP-M? FGV explica por que lançou novo índice do aluguel
Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) acompanha os preços de contratos de alugueis no país e pretende ser um retrato mais preciso do mercado
A falta de um indicador capaz de refletir de maneira mais precisa os preços dos alugueis tem sido há muitos anos um obstáculo para a indústria imobiliária no país. Em tese, a referência para a maioria dos contratos é o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), mas, como o próprio nome sugere, trata-se de um indicador que acompanha os preços para o setor produtivo, com bastante influência do dólar e pouco relacionado ao custo de moradia em si.
O problema já havia sido diagnosticado faz algum tempo, mas os dois últimos anos escancararam a questão: o IGP-M subiu quase 50% no acumulado de 2020 e 2021, enquanto a renda média do brasileiro, com o país mergulhado em crise econômica, está abaixo do patamar em que se encontrava no fim de 2019, antes da pandemia.
Diante desse quadro, o setor privado começou a se movimentar em busca de soluções. Em 2021, empresas como o QuintoAndar passaram a oferecer a locatários e locadores a possibilidade da troca do IGP-M pelo IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o índice de referência para a inflação no país. Àquela altura, o IGP-M havia alcançado mais de 30% no acumulado dos 12 meses anteriores e pressionava as renegociações dos alugueis de forma irrealista.
Mas a troca também não foi considerada a ideal por alguns especialistas, porque o IPCA acompanha os preços de uma cesta variada de produtos e serviços ao consumidor e tem sido bastante influenciado pelo avanço dos preços dos combustíveis. Tanto que, em 2021, o indicador fechou com alta de 10,06%, a maior taxa em 6 anos.
Em busca de uma solução para a demanda do mercado, a Fundação Getulio Vargas lançou nesta semana o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR). O novo índice faz parte de um grupo de outros indicadores calculados e divulgados pela instituição, a exemplo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e do próprio IGP-M.
"Tanto o IGP-M quanto IPCA são índices construídos para outros propósitos. A grande inovação do IVAR é que ele foi feito exclusivamente para acompanhar a variação de alugueis residenciais: há, portanto, uma correspondência direta com a dinâmica e os fundamentos do mercado imobiliário", explica Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e professor da Escola de Economia da FGV-SP.
Como o IVAR é calculado?
Picchetti explica que a FGV firmou parceria com administradoras de imóveis para coletar os preços de contratos novos, reajustados e renegociados. O objetivo é ter uma medição mais próxima do comportamento do preço dos alugueis, até para medir a disparidade entre o que é, de fato, praticado no mercado e a variação do IGP-M e do IPCA.
Embora tenha sido lançado oficialmente nesta semana, o IVAR fez uso de dados recentes para calcular, de forma retroativa, qual teria sido o valor do indicador mês a mês desde 2018. O objetivo foi construir um histórico que permitisse entender o comportamento do mercado nos últimos anos vis-à-vis o IGP-M e o IPCA.
O IVAR terminou 2021 em -0,61%, o que reforça a tese de que, na média de mercado, inquilinos realmente negociaram seus contratos com proprietários no contexto da crise econômica e deixando de lado o que o IGP-M apontava (a alta em 2021 foi de 17,78%). A deflação revela também um descolamento relevante em relação aos dois índices. Veja abaixo a comparação:
"Os alugueis não subiram na mesma proporção dos índices de inflação, até porque o contexto do mercado de trabalho e da economia brasileira foi bastante adverso no ano passado. Não havia como inquilinos pagarem os 30% do IGP-M ou os 10% do IPCA de reajuste, pois muitos tiveram redução salarial durante a pandemia e alguns até perderam o emprego", observa o professor da FGV.
O cálculo do IVAR é baseado em cerca de 10.000 contratos de locação de imóveis em quatro das maiores capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. O objetivo, conta o pesquisador, é agregar mais cidades e regiões ao índice ao longo dos próximos meses, para tornar a amostragem mais completa.
O IVAR será o novo índice do reajuste do aluguel?
Questionado sobre se acredita que o novo indicador será adotado como indexador em contratos novos e em renegociações de alugueis, Picchetti diz que essa é uma decisão que partirá de inquilinos e proprietários.
"É algo que próprio mercado vai decidir. Não temos o poder ou a intenção de estimular que os contratos adotem esse ou aquele indicador. Tudo vai depender do aprendizado do mercado, de como as pessoas vão entender o índice e sua metodologia e, no final das contas, de como o IVAR vai evoluir. Se as partes interessadas entenderem que está refletindo a realidade do mercado, maior a chance de ele ser adotado", finaliza Picchetti.
Com o cenário econômico como freio, e não propulsor, os agentes do mercado serão forçados a buscar oportunidades não triviais para manter bons resultados.
Por definição, o mercado imobiliário residencial O é o ambiente pelo qual se oferta e se demanda moradia. mercado oferece ao menos dois formatos para transacionar moradia, compra e locação. No entanto usamos comumente indicadores típicos de compra para medir a temperatura do mercado em geral. O fenômeno é natural: o sonho da casa própria é forte entre os brasileiros e existe um vácuo de indicadores de atividade do mercado de aluguel.
De junho de 2020 para cá, o mercado imobiliário residencial desempenhou bem, com forte alta medida pelos indicadores de atividade do mercado de compra. Segundo dados do Banco Central do Brasil (BCB), a concessão de crédito imobiliário para pessoas físicas cresceu 50% no acumulado de 12 meses até novembro de 2021 ante o período anterior.
Dados do registro de imóveis computados em parceria com a Fipe mostram para setembro de 2021 grandes cidades brasileiras apresentando aumento superior a 20% de transferências de imóveis em 12 meses. No mercado primário, temos os dados da Abrainc-Fipe mostrando crescimento acumulado em 12 meses até setembro de 2021 de vendas de imóveis novos (17%) e do número de lançamentos (33%).
Os preços medidos pelo FipeZAP também refletem aquecimento: o FipeZAP de Venda Nacional mediu variação nos últimos 12 meses de 6% (os preços aumentaram 3,7% em 2020). Tais números evidenciam o bom desempenho do mercado.
Em relação ao mercado residencial de locação, não temos indicadores que sintetizem o nível de atividade. Por exemplo, não existe uma taxa de vacância nacional ou local para nos guiar. Apesar disso, toda evidência disponível indica que esse período de aquecimento do mercado imobiliário de compra foi agitado no mercado de locação. Agitado, infelizmente, não na melhor conotação.
Com o IGP-M, principal índice de reajuste anual do aluguel, tendo alcançado até 37% acumulado em 12 meses em dado período (felizmente, o índice já está em trajetória rumo aos níveis normais), houve muitas negociações de reajustes e quebras de contratos, movimentando o mercado para locadores e locatários.
Soma-se à escalada do IGP-M o próprio momento da taxa Selic, que funciona como uma baliza entre mercado de compra e de locação. Lembro que, correndo o risco de chover no molhado, a taxa Selic compõe um custo básico para operações de crédito, inclusive para financiamentos imobiliários. Assim, o seu aumento impacta o custo da concessão de crédito imobiliário, o que pressiona as taxas de juros dessas operações, o que por sua vez freia a demanda por compra de imóveis.
Existe uma fração de consumidores do mercado imobiliário que possui renda e poupança suficientes para poder escolher entre alugar ou financiar um imóvel. Para tal parcela, aumentos da taxa Selic impulsionam a decisão de alugar e quedas da taxa Selic são restritivas no mesmo sentido. O que corrobora a visão de agito negativo no mercado de locação.
Esse ciclo mais recente de boom no mercado dá seus primeiros sinais já em 2019 quando se ensaiava aceleração da retomada ante a crise iniciada em 2015, afinal a taxa Selic já caminhava para a baixa histórica concretizada em 2020.
A pandemia, apesar do primeiro susto refletido em estagnação em abril e maio, impulsionou o movimento ensaiado em 2019. Impactando fortemente o nível da atividade econômica, a pandemia abriu espaço para menor inflação e queda adicional da Selic. Além disso, o distanciamento social e a consequente digitalização, o que inclui o home office, formaram uma conjuntura favorável para se repensar decisões de moradia.
A questão cada vez mais presente é: e agora? Para onde rumamos dado o importante avanço para superarmos o distanciamento social e com a taxa Selic em alta? Esses dois motores do breve ciclo pandêmico do mercado imobiliário vem paulatinamente perdendo força.
O novo ciclo carregará consigo como empecilho, pelo menos durante a maior parte de 2022, a deterioração do cenário macroeconômico de curto prazo em razão da escalada da inflação (IPCA), e de médio prazo, em decorrência da indefinição da agenda fiscal, atrelada à indefinição eleitoral. Não obstante o novo ciclo herda também fatores positivos deixados pelo seu antecessor.
Se em um primeiro momento a substituição do presencial pelo remoto foi de alguma maneira forçada pela Covid-19, parece evidente que tal substituição deve permanecer espontaneamente mesmo com o fim da pandemia. A maior abrangência do home office, seja em totalidade ou no esquema híbrido, e a maior importância do e-commerce e do canal digital para diversos serviços, significa algum grau de reconfiguração das regiões metropolitanas.
Os produtos imobiliários que atenderem as demandas, tanto em termos de localização quanto em termos de tipologia, desse consumidor que se desloca menos ao trabalho (mesmo não estando necessariamente próximo) e tem maior inserção digital terão bons resultados independentemente do cenário macro.
Vale notar que apenas uma parcela dos brasileiros se encaixa nesse perfil que ganhou número durante a pandemia, enquanto a deterioração do cenário macroeconômico, empurrando as taxas de juros para cima, é geral. É por isso que enxergamos, na DataZAP+, desaceleração do nível de atividade do setor imobiliário para 2022, embora não esperemos queda de atividade.
Com o cenário macroeconômico como freio, e não propulsor, os agentes do mercado imobiliário serão forçados a buscar oportunidades não triviais para manter bons resultados. Nesse sentido, parece interessante olhar para locação. Para 2022, as perspectivas são de crescimento do valor transacionado no mercado de locação em relação a 2021, configurando uma possível alavanca para enfrentar a piora das condições macroeconômicas.
Já observamos aceleração dos preços de locação (medida pelo FipeZAP Aluguel) em decorrência do aumento das taxas de juros e do avanço da vacinação, o qual impulsiona a retomada da geração de empregos.
Como o IPCA deve ceder durante 2022 e a inflação dos aluguéis deve ao menos manter a média dos 3% ao ano, o desempenho real do aluguel em 2022 será melhor do que em 2021. Além disso, a geração de empregos e as maiores altas de juros em 2022 são fatores que estimulam a demanda por locação, conforme comentei acima sobre o fato de a taxa Selic ser uma baliza para uma fração da população que decide entre compra e aluguel.
Não espero exaurir a lista de oportunidades em 2022 nem que tomem produtos imobiliários para o público que faz home office ou aluguel como estratégia fácil e certa. Qualquer que seja a estratégia para 2022, ela precisa ser bem estudada e calibrada. Mesmo com os ventos macro agora soprando contra, pelo tamanho e natureza cíclica do mercado imobiliário, é natural a existência de oportunidades deixadas pelos ciclos anteriores. Explorá-las passa pelo foco em atender os públicos destacados pela conjuntura.
Segundo o advogado Leandro Sender, especializado em Direito Imobiliário, para usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, é preciso cumprir os seguintes requisitos:
– A avaliação do imóvel não pode superar o teto de R$ 1,5 milhão.
– O comprador deve ter, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS, somando períodos trabalhados, consecutivos ou não, na mesma ou em empresas diferentes.
– O imóvel deve ser residencial.
– Deve destinar-se à moradia do titular.
– Na data de avaliação final, deve apresentar condições de habitabilidade e não ter vícios de construção.
– O imóvel precisa ter matrícula no respectivo Cartório de Registro de Imóveis.
– O bem não pode ter qualquer ônus que impeça a sua alienação.
– A unidade não pode ter sido objeto de utilização do FGTS em aquisição anterior pelo prazo de três anos.
– O comprador não pode ter financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e, principalmente, não pode ser proprietário de imóvel residencial localizado no município de sua residência ou onde exerça sua atividade profissional.
Estudo indica que pandemia e trabalho remoto estimularam êxodo urbano em busca de qualidade de vida e conforto para a família
O isolamento social causado pela pandemia da Covid-19 e o trabalho remoto ou híbrido seguem empreendendo uma dinâmica particular ao mercado imobiliário, em especial a algumas regiões do litoral e interior do Estado de São Paulo. Este movimento foi percebido recentemente em uma análise elaborada pela DataZAP+, que apontou, em contrapartida, uma queda acentuada na participação das buscas de apartamentos para locação e venda na cidade de São Paulo, em comparação a algumas cidades do litoral e do interior do Estado.
“A pandemia nos forçou a ficar mais tempo em casa, alterou os deslocamentos de casa para o trabalho e trouxe consigo a possibilidade de trabalhar de onde se deseja. Tudo isso se reflete no comportamento de busca por moradia. No entanto, mesmo que a cidade de São Paulo tenha perdido importância relativa na demanda por casas e apartamentos, ainda possui o maior mercado, seja para compra ou locação”, pondera Edivaldo Constantino, economista da DataZAP+.
Este é o caso de Antonio Marcos dos Santos, 45 anos, geógrafo, que se mudou para o Guarujá em maio deste ano. Entre as motivações para trocar a capital pelo litoral, ele cita a dificuldade para caminhar e se exercitar, o inverno com temperaturas baixas e os preços dos imóveis. “Estou a 100 km de São Paulo e ganhei quatro graus de temperatura média. Tenho um lazer mais fácil e simples. A orla é um atrativo, convida a caminhar. Aqui tem ciclovias, voltei a andar de bicicleta. Em São Paulo você anda disputando espaço com os carros. Não era agradável”, reflete.
Trabalhando remotamente, Antonio assinou um contrato de aluguel por três anos e não considera voltar a morar em São Paulo no curto prazo. “O custo de vida não cai. O que difere em termos de preço é o valor do imóvel. Em São Paulo, o morar com qualidade é caro. Pelo preço de um imóvel na periferia você consegue morar numa cidade como o Guarujá a cinco quarteirões da praia.”
Para Vanessa Ferraz da Silva, 32 anos, a qualidade de vida também falou mais alto. A psicóloga e consultora de Recursos Humanos se mudou com o namorado em junho deste ano para Sorocaba. “A pandemia, somada ao fato de não sairmos e ficarmos presos em um apartamento, foi o fator decisivo para uma mudança de cidade. Estarmos 100% em home office também nos facilitou muito esse movimento.”
A lista de vantagens é grande, explica Vanessa: é mais barato, oferece melhor qualidade de vida e garante mais segurança para a família – além da quantidade de familiares que vivem em outras partes do interior de São Paulo. “Quero muito ser mãe e criar meus filhos mais livres, seguros. Hoje moro em um condomínio fechado, em uma casa deliciosa e tenho o mesmo gasto com o aluguel que tinha morando em um studio em São Paulo, na zona leste”, conta.
Locação
Considerando o total de buscas por apartamentos na capital, interior e litoral de São Paulo, os dados mostraram uma queda de 4,31 pontos percentuais na importância relativa na procura pela capital paulista durante o segundo trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. Já nas cidades do litoral do Estado – Santos, Praia Grande, Guarujá, São Vicente, Bertioga e Caraguatatuba – e nos centros urbanos do interior paulista – Campinas, Jundiaí, São José dos Campos, Sorocaba, Ribeirão Preto e Piracicaba – houve aumento da participação das buscas de 1,49 p.p. e 2,37 p.p., respectivamente. Nesta mesma análise, a procura por casas para locação cresceu 0,66 p.p., em São Paulo; e 0,90 p.p., no litoral (veja o gráfico abaixo).
No entanto, a capital paulista segue liderando com folga o mercado de locação, tanto para apartamentos quanto para casas. Com 71,7%, para apartamentos, e 71,8%, para casas, a busca relativa por imóveis para locação em São Paulo está à frente do interior, com 18,6% e 22,9%, respectivamente; e litoral, com 9,7% e 5,3%, nesta ordem (confira o gráfico abaixo).
Compra e venda
Quando o assunto é o mercado de compra e venda de imóveis, a cidade de São Paulo apresenta perdas de participação de demanda por apartamentos (3,33 p.p) e casas (3,87 p.p). Já o segmento de casas em cidades do interior e litoral registrou crescimento, respectivamente, de 0,31 p.p. e 3,02 p.p., no segundo trimestre (confira o gráfico abaixo).
Apesar das perdas, a praça paulistana continua concentrando a maior demanda do mercado imobiliário do Estado. São Paulo detém 72,4% das buscas por apartamentos para compra e 59,3%, de casas; enquanto o interior registrou 12,2% e 28%, respectivamente; e o litoral, 15,4% e 12,6%, nesta ordem.
Se for sancionada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, novas regras para cobrança do imposto entram em vigor a partir de 1º de janeiro.
Existe um projeto de Lei que já foi aprovado em 2º turno na Câmara Legislativa e aguarda agora a sanção do prefeito de São Paulo. O PL 685/2021 prevê a correção do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) pela inflação até 2024, com uma trava que limita este aumento em até 10% ao ano. Ou seja, se a inflação for acima de 10%, só terá correção até este teto. No último ano, o imposto não teve aumento e, nos dois anteriores (2019 e 2020), o acréscimo foi de 3,5% de modo uniforme.
Enquanto aguarda a avaliação de Ricardo Nunes, o projeto segue sendo discutido em função da elevação na cobrança de bairros periféricos da cidade. “Quem acredita no projeto informa que isso não é verdade, pois a isenção de imóveis também teve o valor aumentado, de 160 mil para 230 mil, calculando-se que até 1,2 milhão de imóveis continuarão isentos”, explica Arthur Ongaro, sócio do escritório Corrêa, Ongaro, Sano Advogados Associados, membro da Comissão de Direito Imobiliário da OAB Jabaquara.
Ongaro explica ainda que, sob o ponto de vista da legislação, o IPTU, bem como os demais impostos, serve para custear a máquina pública. Todos os impostos formam um caixa único e são direcionados percentualmente para cada um dos setores da administração pública, conforme prevê a legislação tributária. Portanto, todo o dinheiro arrecadado com o IPTU fica no município e, com isso, ele pode ser usado em obras na cidade.
"O que se vê é uma cidade com muitas questões a serem resolvidas e, de certa forma, a dúvida que fica para o consumidor é se essa arrecadação está sendo utilizada da forma correta, independente de quanto se arrecada. Ter essa dúvida, faz com que a grande maioria discorde de tais acréscimos, por não entender que existe esse retorno.”
Como fica o consumidor
Para Ongaro, o projeto de lei está considerando as justificativas apresentadas pela Secretaria Municipal da Fazenda, bem como a estimativa de impacto orçamentário. O argumento indica que, se o ajuste não for feito, a administração da cidade sofrerá e a consequência chegará ao consumidor de alguma maneira. “A questão é se esta é a única forma de impedir esse impacto, se isso deve ser feito logo após uma pandemia e se a arrecadação reflete de alguma forma na qualidade de vida dos contribuintes.”
O profissional conta ainda que, em caso de aumento abusivo ou simplesmente inviável de ser quitado pelo proprietário do imóvel, existem duas formas de recorrer: por meio de um processo administrativo (neste caso, a revisão deverá ser solicitada por meio do programa de Solução de Atendimento Virtual, pela internet) ou por meio de uma ação judicial. “Você pede um mandado de segurança contra a prefeitura, questionando a cobrança. Infelizmente, existe a questão da morosidade. Mas o mandado tem um caráter liminar, de urgência, e aí ele recebe uma apreciação um pouco mais célere, como manda a legislação.”
Hoje, a tabela da prefeitura estipula a cobrança por faixas calculadas a partir do valor de mercado do imóvel. Veja a seguir:
Após um período de quedas e oscilações por causa da Covid-19, o segmento de locação dá sinais de recuperação e de crescimento.
Segundo o Índice QuintoAndar, em novembro o preço médio do metro quadrado do aluguel atingiu R$ 30,67, o maior já registrado desde Outubro de 2019.
De acordo com o levantamento, o aluguel por metro quadrado em 12 dos 23 bairros monitorados pelo índice já voltaram ao patamar de 2020. Bairros como Méier e Engenho Novo, na Zona Norte, apresentam valores já recuperados. Já Copacabana e Botafogo ainda estão distantes da retomada dos preços do aluguel.
Lançamentos do segmento de luxo e superluxo em São Paulo, de janeiro a setembro de 2021, somaram 4.217 unidades - um aumento de 129%
Quem tem dinheiro para gastar pode se dar ao luxo da escolha: pelo menos 200 metros quadrados de área, pé direito alto, acabamento acústico, um banheiro em cada quarto e, no mínimo, quatro vagas de garagem. A lista de exigências, que é longa e não para por aí, reflete o perfil do segmento da construção civil que mais cresce em São Paulo: os edifícios residenciais para os (muito) endinheirados.
Em um momento em que a economia entrou em recessão técnica - com a queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre - e no qual o brasileiro médio sofre com a queda na renda e a inflação, as construtoras correm para oferecer aos “super-ricos”, que parecem alheios à derrocada econômica do País experiências que não deixam a desejar aos mais sofisticados hotéis e clubes de campo.
Uma pesquisa da Brain, consultoria especializada no mercado imobiliário, revela que os lançamentos do segmento de luxo e superluxo em São Paulo, de janeiro a setembro de 2021, somaram 4.217 unidades - um aumento de 129% em relação a igual período do ano passado e o dobro da expansão da construção como um todo. Hoje, a fatia desses lançamentos na cidade é de 8,5%, ante 5,8% do ano passado. É uma participação historicamente alta: o recorde anterior, de 7,8%, havia sido registrado em 2019.
O valor geral de vendas desses imóveis de luxo atingiu R$ 9,4 bilhões até setembro, quase dobrando o valor do mesmo período do ano passado. Em reais, a participação da altíssima renda chegou a 37,5% no acumulado de 2021 - outra marca histórica.
Mas, afinal, o que diferencia o “luxo” do “superluxo”? O setor trabalha com faixas de preço, explica Fabio Araujo, sócio da consultoria Brain. Os imóveis residenciais de luxo para o mercado de São Paulo são aqueles negociados acima de R$ 1 milhão; já os de superluxo, acima de R$ 2 milhões.
A estimativa, de acordo com o executivo, é de que os prédios de luxo sejam acessíveis para cerca de 5% da população brasileira, ao passo que os de alto luxo são restritos ao topo da pirâmide - um sonho atingível apenas pelo 1% mais rico.
No entanto, os apartamentos mais disputados entre os milionários paulistanos custam, em média, R$ 5,1 milhões, ou R$ 21,7 mil por metro quadrado, aponta a Brain. O tamanho médio desses imóveis supera os 200 m². Nos apartamentos mais caros da cidade, porém, o metro quadrado chega a valer R$ 63 mil.
O forte crescimento desse filão do mercado, especialmente dos de luxo, segundo Araújo, deve-se a uma equação formada pelo efeito da pandemia, que fez famílias buscarem imóveis maiores. Além disso, em 2020 a taxa de juros bateu na mínima histórica, fazendo as famílias mais abastadas repensarem seus investimentos o que levou muita gente a comprar um imóvel novo.
Com a alta dos juros, porém, a festa pode estar no fim. “Na conta desse público, ao contrário do que ocorre na classe média, em que os juros afetam a decisão de financiamento, o que muda para eles é se vale a pena fazer outro tipo de investimento”, diz o especialista.
Na capital, 13 edifícios cobram mais de R$ 60 mil pelo metro quadrado
Com valores finais que superam R$ 15 milhões, a capital paulista tem hoje 13 empreendimentos que cobram mais de R$ 60 mil pelo metro quadrado de um apartamento. Essas unidades estão concentradas em bairros nobres como Jardins, Vila Nova Conceição e Moema, segundo a consultoria Brain.
As empresas veem esses empreendimentos como “objetos do desejo”. “Esse cliente é viajado, frequenta ótimos hotéis e espera uma sensação e experiência em tudo o que consome”, diz o diretor de incorporação e negócios da Cyrela, Piero Sevilla. Em um dos empreendimentos da marca, em Moema, a assinatura será do Yoo Studio, escritório de design europeu, fundado por Philippe Starck e John Hitchcox. “Isso tem dado muito certo. Começamos em 2013 com prédios assinados. E a resposta tem sido muito boa.”
Sevilla, da Cyrela, diz que esse cliente também busca flexibilidade: hoje, a construtora já oferece dez modelos de plantas para uma mesma unidade, todas desenhadas pelo arquiteto responsável pelo empreendimento.
A Gafisa, que tomou a decisão estratégica de se voltar ao setor do altíssimo padrão, também seguiu o caminho de lançar o “cobranded”. O primeiro foi no bairro dos Jardins, com a grife italiana Tonino Lamborghini. “É uma marca que traz muito design e life style. Há um valor associado”, afirma o presidente da Gafisa, Guilherme Benevides.
Mas foi no Rio de Janeiro que a companhia bateu um marco no setor, ao cobrar R$ 100 mil o metro quadrado em um apartamento no Leblon – ou quase R$ 30 milhões.
Diretor executivo de incorporação da Even, companhia voltada ao alto padrão, Marcelo Dzik diz que hoje o alto padrão pede plantas mais abertas, áreas mais arejadas e com luz natural em abundância. Fora isso estão sempre presentes nos projetos arquitetos e decoradores renomados.
O presidente da construtora Setin, Antonio Setin, aponta também o fator localização. Com terrenos em regiões mais nobres cada vez mais escassos, os custos de incorporação vêm subindo. Setin vê ainda uma novo perfil de compradores a ser cobiçado: “Vemos alguns jovens ficando ricos cada vez mais cedo, muito fruto da área de tecnologia e fintechs.”
Especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business apontam para um cenário mais desfavorável à frente para quem quer compra e vender imóveis.
O mercado imobiliário passou por uma fase de valorização na primeira parte de 2021 levada, sobretudo, pelos negócios fechados no ano passado — quando a Selic, taxa básica da economia, chegou na mínima histórica –, e pelo impulso de mudança que atingiu diversas pessoas na pandemia.
Se, de um lado, os juros baixos deixaram o momento no último ano extremamente propício para quem queria comprar, de outro, o cenário ficou mais atraente neste ano para quem queria vender. Agora, porém, a situação — que já não estava tão fácil para o primeiro grupo –, deve piorar para todos.
O índice FipeZap, uma das principais referências para os preços de imóveis no Brasil, subiu 0,43% em outubro, mesmo valor de setembro, acumulando alta de 4,23% no ano.
Mas especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business já começam a apontar para um cenário mais desfavorável para quem quer compra e vender imóveis se comparado ao primeiro semestre de 2021.
Os grandes motivadores dessa piora são a alta na inflação e, consequentemente, na taxa básica de juros, a Selic — principal ferramenta do Banco Central para conter os preços. Combinados, os dois fatores tendem a reduzir a demanda pelos imóveis, o que faz com que os preços não subam tanto.
Apesar disso, o momento não é totalmente ruim para quem tem interesse em comprar, já que a expectativa é que a Selic, referência para as taxas de financiamento, suba ainda mais.
Vale dizer que os preços do aluguel também estão em alta, alimentados ou pelo IGP-M ou pelo IPCA, indicador de inflação oficial do Brasil e que está subindo mais que o índice FipeZap.
Os ciclos dos preços de imóveis no Brasil
Sergio Cano, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que o mercado imobiliário enfrentou uma forte recessão entre os anos de 2015 e 2017, quando a crise econômica derrubou a demanda.
“Os preços dos imóveis mudam muito em função de algumas variáveis, mas principalmente renda, que está ligada ao emprego e ao salário, e taxa de juros”, diz. Naquele período, o desemprego subiu, a renda caiu e a taxa de juros estava em patamares elevados. Com isso, os preços recuaram.
O cenário foi bem diferente do encontrado entre 2007 e 2014. O período é chamado de “ciclo virtuoso” para o setor por Pedro Tenório, economista do DataZAP+. À época, a Selic não estava tão elevada, o desemprego era baixo, a inflação controlada e a renda alta. Como resultado, o setor teve uma grande expansão, com preços acompanhando a demanda elevada.
A partir de 2018, a economia começou a se recuperar, e a taxa Selic a cair, o que deu início a uma retomada, mesmo que tímida, do mercado imobiliário. “Já em 2019 o mercado estava em elevação pensando em preço e venda. Todo mundo esperava uma recuperação robusta em 2020”, afirma Cano.
Mas a pandemia frustrou essas previsões. O período inicial, com as restrições e paralisação de atividades como obras e estandes de vendas, afetaram duramente o setor e os negócios. Esse cenário durou alguns meses, mas começou a melhorar a partir do segundo semestre.
Para o professor, o principal motivo é que muitas pessoas ficaram mais tempo em casa, e o descontentamento com o imóvel atual aumentou, assim como o desejo de mudança.
O ciclo de baixa também fez com que as variações de preços ficassem abaixo da inflação, aumentando a atratividade e aquecendo o setor no segundo semestre de 2020 em um contexto de Selic em níveis historicamente baixos.
“Os ciclos de preços e vendas são naturais, construir demora um tempo. A pandemia atingiu bem o IPCA, mas para o FipeZap, o que mais impacta é a Selic. Se a taxa de financiamento cai, a demanda sobe e o preços também”, diz Tenório.
O cenário em 2021
O primeiro semestre do ano acabou sendo bastante favorável para o setor. Com a Selic baixa e o desejo maior de mudança, aliadas a um início de recuperação econômica, as vendas subiram, assim como os preços.
“Entrando em 2021, essa recuperação continuou pensando em preço e volumes de vendas, com essa busca mais presente por imóveis, e muita gente migrando de cidade buscando qualidade de vida melhor com a ideia do home office”, afirma Cano.
Com isso, o FipeZap subiu mês após mês, até o pico de 0,64% em julho. A partir daí, porém, ele desacelerou, com altas menores. O movimento ocorreu exatamente em meio às altas do IPCA e da taxa Selic. Para Cano, isso já reflete uma demanda menor.
“A gente já imaginava que, por conta do aumento de inflação e outras variáveis, a taxa de juros subiria no segundo semestre. O que não imaginávamos é que subiria tanto e tão rápido”, diz Cano.
O economista do DataZAP+ afirma que a alta do IPCA segue um contexto de inflação mundial, junto com um desemprego alto e uma demanda maior com a reabertura. Para ele, o fenômeno é momentâneo, mas impacta nos preços dos imóveis.
“Isso significa que os imóveis perderam uma oportunidade de valorização relativa, porque com a alta dos juros que já ocorreu e que vai continuar, o custo para compra vai aumentar”, afirma.
Com isso, a perspectiva dele para 2022 é que o índice FipeZap venha mais fraco, já que haverá um impulso menor da reabertura e juros maiores.
Nesse sentido, Sergio Cano afirma que “quem pode aproveitar para comprar no primeiro semestre teve mais vantagem, encontrou fatores mais favoráveis, com preços ainda abaixo do praticado no período do boom imobiliário até 2014, e taxas de juros e crédito relativamente baixas”.
Para o professor, “isso pode ser negativo para o mercado pensando em 2022, considerando que a Selic e a inflação ainda podem subir mais. A inflação tira poder de compra para a população também”.
Tenório afirma que o contexto atual é desfavorável tanto para quem quer vender quanto para quem quer comprar, mas que é importante ficar atento às dinâmicas em cada estado, cidade e até bairro, já que é possível encontrar particularidades em cada uma dessas esferas e, assim, se deparar com ofertas mais vantajosas.
No acumulado até outubro de 2021, as maiores altas são em Vitória (17,55%), Maceió (14,13%), Florianópolis (12,58) e Curitiba (12,35%), bem acima da média nacional. Já Salvador (1,48%), Rio de Janeiro (1,80%), Belo Horizonte (2,27%) e Recife (3,15%) têm as menores elevações, abaixo da média.
O segundo semestre de 2021 ainda pode ser mais propício para a compra do que os primeiros meses de 2022, por exemplo, em que se espera uma Selic ainda maior. “Ainda é um momento interessante para comprar, os preços já subiram, mas ainda estão se recuperando pensando nos valores no auge até 2014”, diz Cano.
Valor Geral de Vendas (VGV) deve encerrar o ano em R$ 99 bilhões, crescimento de 12% em comparação com 2020, segundo estimativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi)
O mercado imobiliário sente cada vez mais a recuperação do setor e, em 2021, a projeção é de um crescimento de mais de 12% no Brasil em relação ao ano passado. De acordo com estimativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), o Valor Geral de Vendas (VGV) deve encerrar este ano em cerca de R$ 99 bilhões no país.
Em 2020, o valor vendido ficou em aproximadamente R$ 88 bilhões. À CNN, Cláudio Hermolin, presidente da Ademi-Rio e do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-Rio), afirma que esse é um dos melhores indicadores do mercado já que mostra a quantidade de receita que pode ser gerada com os empreendimentos residenciais. Segundo ele, o avanço foi possível por conta de três principais fatores.
“Apesar do recente aumento na taxa Selic, o crédito imobiliário segue baixo, historicamente falando. Além disso, mesmo na pandemia, 85% dos canteiros de obra ficaram em atividade no país. E, por fim, com a Covid-19, houve uma requalificação do morar. Vivemos uma crise sanitária, que exigiu que as pessoas ficassem em casa, fazendo com que o lar e, portanto, o mercado imobiliário, tivesse uma relevância maior”, explica o engenheiro.
Ainda segundo a Ademi, a cidade do Rio deve representar cerca de 5% do VGV de todo o país. Dessa forma, a capital fluminense espera alcançar R$5 bilhões este ano em vendas de unidades residenciais, frente aos R$3,8 bi de 2020.
o Crédito Imobiliário II, Caixa Cedae e Nestpar foram os FIIs de destaque no período, segundo a Smartbrain.
A Smartbrain, empresa de sistemas e ferramentas de informações para a gestão de patrimônio, anunciou nesta segunda-feira (11) um estudo sobre a performance dos fundos imobiliários negociados na B3, bolsa de valores do Brasil, que apontou que 35% desses investimentos tiveram melhor desempenho no mês de setembro.
De acordo com a pesquisa, destacaram-se no período o fundo Rio Bravo Crédito Imobiliário II (RBVO11), que teve uma valorização de 18,37%; o Caixa Cedae (CXCE11B), com uma valorização de 14,64%; e, na terceira posição, o fundo Nestpar (NPAR11), com alta de 8,88%.
Além disso, outro resultado do estudo foi de que, no acumulado de 2021 até o fim de setembro, 46 FIIs de um total de 178 tiveram desempenho positivo. Entre os melhores resultados estão o General Shopping e Outlets do Brasil (GSFI11), com rentabilidade de 28,94%; o BB Progressivo (BBFI11B), um fundo que teve rentabilidade de 27,53%; e o BB Renda de Papéis Imobiliários II (RDPD11), que apresentou uma valorização de 26,14%.
Por último, a pesquisa ainda acrescentou que durante toda a pandemia da covid-19, do início de março de 2020 até o final de setembro de 2021, 43 fundos imobiliários, ou aproximadamente 29% do total negociado na bolsa dentro do período, apresentaram desempenhos no azul.
Os fundos no topo do ranking são Hectare CE FII (HCTR11), com rentabilidade de 29,90%; o Habitat II FII (HABT11), um fundo que teve rentabilidade de 22,08%; e o EUROPAR (EURO11), que apresentou uma valorização de 21,61%.
Quem está negativado só pode comprar imóvel à vista ou com permuta
Quem está negativado só pode comprar um imóvel à vista ou por meio de permuta, oferecendo outra residência em troca. É possível, ainda, aderir a um consórcio e ir pagando as prestações. Porém, no momento em que a pessoa for contemplada, será feita uma análise de crédito para liberação da carta do consórcio. Se até lá o pretendente não tiver resolvido a situação, nada feito.
“Só será liberado se a pessoa tiver capacidade de arcar com as prestações. Caso não seja aprovado, não perderá o dinheiro. Vai ficar rendendo até o final do plano, quando a pessoa receberá o valor atualizado, ou quando conseguir sanar a inadimplência do nome negativado”, explica Cintia Senna, educadora financeira da DSOP.
Não é possível fazer financiamento bancário estando negativado. Os bancos não aceitam conceder crédito para quem possui dívidas e está com o nome sujo. Isso porque a instituição financeira tem um risco maior de não receber o valor devido. São feitas pesquisas nos cadastros de proteção ao crédito (SPC/Serasa) e resolução do Banco Central proíbe o financiamento nessas situações.
“Pela resolução, serão analisadas a suficiência das garantias e a capacidade de pagamento da pessoa que está pretendendo o crédito. E tem também a lei do superendividamento, que deixou de fora essa questão do financiamento imobiliário. Em função disso, quem está negativado não consegue fazer financiamento porque não consegue comprovar as condições de pagamento viáveis e nível de risco adequado”, diz Cintia.
Faça negociações para não ter seu nome negativado
Para limpar o nome e fazer um financiamento imobiliário, a educadora financeira orienta que a pessoa reúna todas as informações: valor da dívida, possibilidade de negociação, quanto ela pode pagar à vista ou parcelado e se terá condições de assumir a prestação do financiamento e mais o acordo para regularizar a situação do nome sujo.
“E não adianta resolver apenas uma inadimplência e deixar a outra em aberto. É bom olhar todo o cenário, todas as dívidas, para que seja feito algo factível, que vai contribuir com a saída dessa negativação”.
Cintia Senna afirma que outro passo importante é a pessoa já guardar um valor para o futuro financiamento, seja para a entrada ou para as prestações que vai assumir. “Fazer como se já estivesse financiando, para quando resolver a situação já tenha condições de pagar com tranquilidade. E se organizar e negociar o máximo possível a dívida, é possível conseguir descontar multas e juros”.
Começa nesta segunda-feira (11) o período para reserva de cotas da primeira emissão do ALUG11, fundo de índice (ETF) que vai acompanhar a performance do mercado imobiliário americano.
O novo fundo replica o ETF VNQ (Vanguard Real Estate), que, por sua vez, está listado na Bolsa de Nova York (Nyse), com cerca de US$ 45 bilhões sob gestão.
A gestora do ALUG11 é a Investo, especializada em ETFs, e o custodiante é o BNP Paribas. De acordo com material publicitário sobre o fundo, o VNQ pagou um dividendo de 3,5% em 2020.
Como funciona o fundo
O ALUG11 tem 96% da sua carteira formada por Reit (Real Estate Investment Trusts), que são empresas donas de empreendimentos imobiliários geradores de renda que precisam seguir regras para se qualificar como Reit, como distribuir 90% da renda para os acionistas.
O ALUG11 passa a ter as cotas negociadas na B3 no dia 29 de outubro ao valor de R$ 50 cada, incluindo custos de estruturação, com taxa total consolidada de 0,60%.
Cronograma estimado da primeira emissão
11 de outubro – início de pedidos de compra de cotas
26 de outubro – encerramento dos pedidos
28 de outubro – data de liquidação financeira da primeira emissão
29 de outubro – data de início da negociação das cotas na B3
incorporadora chinesa está mergulhada em dívidas e risco de calote faz bolsas derreterem pelo mundo.
A Evergrande deixou o mercado com os cabelos em pé. A segunda maior empresa do gigantesco mercado imobiliário chinês, e que já foi considerada a maior do mundo em valor de mercado em 2018, está à beira da falência e de repente o mundo está na beira de ser todo contagiado. Fundada em 1996 por Xu Jiaiyn, que já foi o homem mais rico da China, a companhia possui hoje, aproximadamente 300 bilhões de dólares em dívidas (1,6 trilhão de reais). Mas como isso aconteceu?
Segundo os analistas, dois fatores foram fundamentais. O primeiro é de ordem regulatória, após um aperto do governo chinês no setor para fazer frente à especulação imobiliária. O segundo é a própria desaceleração nas vendas de imóveis, explicada pelo movimento do governo e pela atividade econômica chinesa menor do que o esperado em função da variante delta.
Fato é que a dívida cresce a cada dia e a incorporadora corre contra o tempo para apresentar um plano de recuperação que evite um calote bilionário em instituições do mundo inteiro, como HSBC, UBS e BlackRock. “Outro fator importante é o efeito contágio para outros setores da economia. Agora, o governo chinês tenta negociar com as instituições financeiras a viabilidade de prorrogação das dívidas da companhia e tentar, a curto prazo, evitar um provável colapso no sistema financeiro global”, avalia Túlio Nunes, especialista em finanças da Toro.
Para piorar, a crise desencadeia uma queda na demanda chinesa por matérias-primas do setor de construção, como o aço. Se a China compra menos, os preços das commodities despencam e, consequentemente, afeta receitas e resultados das empresas pelo mundo todo, sobretudo nos setores de minério de ferro e petróleo. O minério caiu quase 10% na China e o petróleo Brent negocia em queda de 2%. O temor de risco de contágiocresceu sobremaneira nesta segunda-feira e está derrubando os mercados pelo mundo todo. O Ibovespa caía 3% às 14h58. Em outras palavras, o mercado está aflito com a possibilidade de um calote estratosférico e aguarda, com preocupação, os próximos capítulos dessa história.
O reajuste será de 10% empreendimentos dentro de capitais e regiões metropolitanas
A última alteração ampla nos tetos do programa aconteceu em fevereiro de 2017 (Tomaz Silva/Agência Brasil)
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta segunda-feira, 13, de forma unânime, uma reforma no Casa Verde e Amarela (novo nome do Minha Casa Minha Vida) para fazer frente à disparada da inflação das obras. O conselho aprovou um aumento generalizado nos valores máximos das casas e apartamentos comercializados dentro do programa habitacional.
O reajuste será de 10% empreendimentos dentro de capitais e regiões metropolitanas; 15% para cidades com 50 mil e 100 mil habitantes; e 10% para as localidades entre 20 mil e 50 mil habitantes. Já as cidades com menos de 20 mil habitantes não terão reajuste.
A última alteração ampla nos tetos do programa aconteceu em fevereiro de 2017. Depois disso, aconteceram apenas ajustes pontuais. A decisão do conselho curador do FGTS atendeu um pleito da indústria imobiliária, que passou a cancelar empreendimentos dentro do Casa Verde e Amarela alegando que as margens não ficavam mais de pé com a escalada dos custos dos materiais. O INCC acumulado dos últimos 12 meses chegou ao recorde de 17,3%.
O conselheiro Abelardo Campoy Dias, representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), disse durante o encontro que a medida atende apenas parcialmente o setor imobiliário, mas é considerada positiva. "Embora o reajuste não seja suficiente para cobrir a alta dos insumos, traz um certo equilíbrio e permite ao setor retomar projetos que tinham ficado inviáveis", avaliou. "Embora não atenda totalmente os anseios do setor da construção, ele é muito bem-vindo", acrescentou.
Na mesma reunião nesta segunda-feira, o conselho curador do FGTS também aprovou de forma unânime o aumento de 0,25% do subsídio concedido para diminuir o valor das prestações para os mutuários com renda familiar mensal de até R$ 2 mil, enquadrados no grupo 1 (antiga faixa 2 do Minha Casa Minha Vida).
O conselheiro Daniel Ferreira, representante do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu que esse esforço do fundo na concessão do subsídio é pequeno para ajudar as famílias de baixa renda. "São pequenos acréscimos no desconto, então entendemos que estamos mantendo as condições de contratação."
Ainda assim, a ampliação desse subsídio a fundo perdido terá impacto na ordem de R$ 460 milhões sobre o FGTS considerando um aumento de 5% no volume total de contratações. Ferreira ponderou entretanto, que esse montante extra pode ser absorvido pelo próprio do FGTS sem seu orçamento anual entrar no vermelho nos próximos anos.
Essas medidas entrarão em vigor só em 2022. Após a publicação da resolução pelo colegiado, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) terá 30 dias para regulamentar as condições da proposta, e a Caixa Econômica Federal (que é o agente operador do programa) terá mais 30 dias para fazer suas regulamentações próprias. Por fim, os agentes financeiros terão mais 120 para adequarem os sistemas às novas regras.
Para realizar o sonho de comprar um imóvel, é preciso se comprometer a investir um valor alto. Por isso, é uma transação que exige total segurança para que o sonho não se torne um pesadelo e o prejuízo seja enorme. O registro de imóvel se torna parte importante neste processo, já que é o documento que vai garantir a propriedade ao dono e evitar qualquer tipo de golpe. Saiba o que é, como conseguir e a importância do registro de imóvel.
O registro de imóvel é o documento que reúne todas as informações e confere a propriedade do local. “É o assento de nascimento do imóvel no qual constarão, além da indicação do cartório e sua localização, todas as informações do imóvel desde a abertura da matrícula, dentre eles o número da matrícula, a localização do imóvel, suas características, confrontações, logradouro, área, proprietário e sua qualificação, eventuais ônus/gravames sobre ele existentes, transferências de titularidade, dentre outras”, explica Raphaela Gonçalves, advogada especialista na área de Direito Imobiliário do escritório Da Fonte Advogados.
O documento serve para conferir ao titular o direito à propriedade e o conhecimento de terceiros sobre o fato. “Aqui vale a máxima ‘quem não registra não é dono’, e dela se extrai a importância do registro dos títulos aquisitivos para fins de efetiva transferência de titularidade. Aqueles que possuem escritura definitiva não registrada não são donos e podem sofrer as consequências negativas da ausência do registro”, ressalta a advogada.
Por isso, não se deve se preocupar apenas com a escritura, como acontece em muitos casos por conta das despesas na hora da compra. “Registrar um imóvel é de primeira necessidade, representa a maneira em que todos vão saber que o imóvel lhe pertence, evitando dor de cabeça e prejuízos futuros”, pontua Laudimiro Cavalcanti, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ).
Inclusive, é crucial fazer o registro de imóvel de imediato para evitar maiores transtornos na transação de compra e venda. “No cenário ideal, deve-se sair do ato da escritura que é lavrada em um cartório de notas e ir direto para o cartório de registro de imóveis. Infelizmente há casos de estelionatários que vendem o mesmo imóvel para dois compradores, causando prejuízos expressivos. O verdadeiro dono é quem registra primeiro e o registro deve ser feito pelo comprador”, afirma o diretor do Creci-RJ.
Tomar a decisão de morar sozinho é um salto importante. E, para além de cortar os laços familiares de dividir o mesmo teto, é também uma situação que envolve questões práticas, sendo a principal delas a financeira. Engana-se quem pensa que, para morar sozinho, basta pagar o aluguel. Outros custos estão envolvidos e, se não fizer bem os cálculos, vai acabar se endividando. Afinal de contas, quanto custa morar sozinho? Confira cinco dicas para organizar as finanças e dar esse importante passo.
1 – Mapear gastos
O primeiro passo é mapear os gastos. “Deve-se pensar se vai dividir o apartamento, caso isso se encaixe no orçamento, ou se vai morar sozinho. Isso vai impactar diferentemente no orçamento porque, se não vai dividir as contas, vai aumentar o montante”, explica Arthur Lemos, especialista em educação financeira e professor do PieR de Negócios.
2 – Custos
O custo nunca é só aluguel. “Tem energia, em alguns lugares tem cobrança de água por fora, condomínio, internet e tudo para mobiliar”, detalha Arthur. A localização também influencia no valor. “Vai ser um imóvel próximo do trabalho ou faculdade? Aí tem o custo de transporte e alimentação”, complementa.
3 – Rede de apoio
Outro fator é se os custos serão arcados sozinhos ou se haverá apoio financeiro. “Outra definição é se vai assumir os custos sozinho ou se vai ter ajuda de alguém da família, como, por exemplo, pai, mãe ou outro familiar que ajude de alguma forma”, pontua o professor.
4 – Reserva
A próxima etapa é preparar uma reserva financeira. “Nunca é indicado ir morar sozinho sem ter reserva de pelo menos três meses. Se algo acontece, como perda do emprego ou qualquer empecilho, deve-se ter reserva financeira para cobrir de três a seis meses até que consiga se recolocar profissionalmente, sem entrar num processo de endividamento. Também entra na lista da reserva cobrir eventuais gastos porque às vezes quebra um eletro, algo na casa, ou algo sai do planejado e ter essa reserva ajuda muito”, ressalta Arthur.
5 – Controle
É essencial ter controle dos gastos mensalmente. “O orçamento financeiro deve ser feito em planilha, aplicativo ou anotações. Precisa saber quais custos fixos e variáveis e quanto entra para a conta fechar. Precisa gastar menos do que ganha porque se esse padrão de vida começa diferente do que ganha, é dívida na certa. Deve-se ter controle desde o princípio. Quanto ganha, quanto gasta e esse saldo ser aplicado na reserva financeira”, conclui.
O banco, que concentra cerca de dois terços do crédito para o setor em todo o país, registrou a contratação de cerca de R$ 14 bilhões no mês passado, alta de 33,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Este foi o maior volume de empréstimos imobiliários da instituição financeira em um único mês.
O recorde anterior havia sido registrado em junho deste ano, quando as contratações haviam alcançado R$ 13,1 bilhões.
A maior parte dos empréstimos imobiliários em agosto foi contratada com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que totalizou cerca de R$ 9 bilhões em agosto, com alta de 70,1% em relação a agosto de 2020.
Destinado a famílias com renda mensal a partir de R$ 5 mil, o SBPE financia a compra de até 80% do valor do imóvel, com 35 anos para pagar.
Na comparação com 2019, a alta é ainda maior.
O volume de contratações cresceu 208,5% em relação a agosto do ano retrasado. Os empréstimoscom recursos do SPBE saltaram 301,7% na mesma comparação.
Com o resultado de agosto, a Caixa emprestou R$ 91,1 bilhões no crédito imobiliário a cerca de 1,6 milhão de mutuários em 2021.
No ano, o banco financiou 406 mil novas unidades habitacionais e 1.633 novos empreendimentos, alta de 21,1% em relação aos oito primeiros meses de 2020.
Com 67% de participação no crédito imobiliário, a Caixa é líder na concessão de crédito para o setor no país.
A carteira de crédito habitacional, que registra todos os empréstimos em estoque, soma R$ 534,6 bilhões e 5,7 milhões de contratos assinados.
O tempo gasto pelo brasileiro à procura de imóvel para compra ou aluguel
Segundo pesquisa, 15% dos compradores levam mais de um ano para achar moradia ideal
Segundo uma pesquisa do DataZap+, contudo, a maioria das pessoas consegue terminar o processo de escolha da casa ideal e a conclusão da burocracia para a mudança em um prazo mais curto.
Apesar da pandemia da Covid-19, o mercado imobiliário está passando por um período de aquecimento. O senso comum diz que a busca pelo imóvel ideal, seja para compra ou locação, pode ser demorada e um tanto frustrante.
Segundo uma pesquisa do DataZap+, contudo, a maioria das pessoas consegue terminar o processo de escolha da casa ideal e a conclusão da burocracia para a mudança em um prazo curto.
De acordo com o levantamento, 57% das pessoas que buscam imóveis para alugar concluem o negócio em menos de um mês. Outras 21% demoram um ou dois meses para finalizar a jornada. Para outros 10%, o tempo decorrido é de três a seis meses.
Entre os que estão à procura de imóveis para a compra, o tempo para a conclusão dos trâmites é um pouco maior.
Dos entrevistados, 23% levam de um a dois meses para finalizar a compra da casa ideal. O percentual é o mesmo para aqueles que gastam de três a seis meses para finalizar tudo.
Um grupo de 15% demora mais de um ano para concluir a jornada de compra do imóvel ideal.
A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 15 de junho por meio de questionários com 1.506 usuários dos portais imobiliários Zap Imóveis e Viva Real.
Apesar da alta dos preços e da taxa Selic, vendas e lançamentos estão em nível recorde, e os juros do crédito habitacional são os mais baixos da história.
Costuma-se dizer que o mercado imobiliário é cíclico. O brasileiro que compra ou vende um imóvel está diante de um novo ciclo de aumento nos preços. A alta chegou a 5,13% nos 12 meses encerrados em julho, segundo o Índice FipeZap. Em capitais das cinco regiões do país (de Brasília e Curitiba a Manaus, Vitória e Maceió, entre outras), o aumento anual do preço médio do metro quadrado supera 10%, acima, portanto, até da inflação ao consumidor (8,99%).
A boa notícia é que os juros do crédito habitacional seguem nos menores patamares da história, a despeito da elevação gradual da taxa Selic, e compensam esse impacto quando o consumidor faz as contas e toma a decisão de comprar um imóvel.
São diversos os motivos que podem acarretar a cobrança de multas em um condomínio: excesso de barulho, falta de responsabilidade com pets, desrespeito ao uso das vagas de garagem, falta de pagamento da cota condominial, entre outros. Pensando nisso, Acácio Carvalho, CEO da Pagcondomínio, plataforma que viabiliza o pagamento dos condomínios via cartão de crédito, aponta algumas dicas para evitar, por exemplo, as multas por atraso na taxa condominial da maneira mais assertiva e planejada possível.
Em primeiro lugar, seja franco
Honestidade é fundamental em todos os âmbitos da vida e a primeira dica de Carvalho aborda este aspecto. “Todo mundo tem problemas. A diferença está na forma como conseguimos encará-los. Assim, a primeira dica é: converse de maneira clara e franca com o seu síndico. Esse caminho pode parecer inviável num primeiro momento – já que temos o costume de encarar esse profissional como um verdadeiro carrasco. Mas a verdade é que, muitas vezes, com um bate-papo honesto, conseguimos entrar em um acordo que seja bom para ambas as partes”, orienta o CEO da Pagcondomínio.
Priorize a organização
“Para ter um controle maior sobre o dinheiro que entra e o que sai, uma saída é apostar em planilhas de gastos bem incrementadas. Detalhe tudo o que você recebe e cada uma das suas despesas – sempre acompanhados das respectivas datas. Vale até adicionar lembretes no celular. Nas tabelas, não deixe de fora nem um centavo – você vai ver como, no fim do mês, o esforço terá valido a pena”, finaliza Carvalho.
Resumindo, apostar sempre na honestidade e buscar ferramentas para uma organização assertiva e que seja resultado de um bom planejamento, são as melhores formas de conseguir passar longe das multas por atraso no condomínio e desfrutar do seu lar sem aborrecimentos e cobranças indesejadas.
Mesmo com a pandemia, os financiamentos imobiliários têm registrado números expressivos. Para se ter ideia, a expectativa da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) é chegar a quase R$ 170 bilhões na concessão de empréstimos habitacionais este ano. Além do crédito para compra da casa própria, o consórcio de imóveis também registrou de janeiro a maio crescimento nos indicadores de adesão: 68,5% de avanço nas vendas de novas cotas e 91,6% nos de negócios concretizados, reafirmando o grande interesse dos consumidores na formação ou ampliação patrimonial como verdadeiro investimento econômico. Para se ter ideia, a modalidade já conta com mais de 1 milhão de participantes ativos no país.
Ao analisar o comportamento das vendas de novas cotas de imóveis em maio, com 41,89 mil, em relação ao mesmo mês do ano passado, (17,31 mil), observou-se aumento de 142%. Na comparação com janeiro e abril deste ano, com 32,39 mil e 38,08 mil, respectivamente, verificaram-se crescimentos de 29,3% e 10%. Os números são da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). O sistema de consórcio não cobra juros e nem tem o famoso saldo devedor. As despesas são a taxa de administração, seguro e fundo de reserva. Já as parcelas e o valor da carta de crédito são corrigidos anualmente. Neste último caso, a medida garante o poder de compra quando o consorciado é sorteado ou dá o lance, utilizando recursos próprios ou o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Vale lembrar que para usar o dinheiro da conta vinculada do trabalhador é preciso cumprir as exigências do Conselho Curador do FGTS para liberação do recurso, como não ter imóvel próprio e ter pelo menos três anos de carteira assinada consecutivos ou não.
FGTS: mais de R$ 70,28 milhões
Outro dado interessante do balanço da Abac é que as 35,39 mil contemplações, acumuladas de janeiro a maio, foram potenciais compradoras de 9,6% do total de 367,18 mil imóveis comercializados no período, incluindo os consórcios, conforme dados divulgados pela Abecip. E para fechar o levantamento da entidade, nos cinco primeiros meses do ano, 1.429 consorciados-trabalhadores, participantes dos grupos de consórcios de imóveis, utilizaram parcial ou totalmente seus saldos nas contas do FGTS para pagar parcelas, ou quitar débitos, bem como ofertar valores em lances ou complementar créditos, somando acima de R$ 70,28 milhões, de acordo com a Caixa. Atualmente, todos os bancos oferecem o consórcio imobiliário, além das administradoras autorizadas pelo Banco Central.
No entanto, variação do preço dos imóveis segue abaixo da inflação.
A alta do preço dos imóveis acelerou em junho para 0,57% – um avanço em relação aos 0,48% de maio e 0,3% em abril. Com isso, o valor médio da venda de casas e apartamentos registrou a maior alta mensal desde agosto de 2014. É o que aponta pesquisa FipeZap divulgada nesta terça-feira (6).
O valor médio entre as 50 cidades pesquisadas ficou em R$ 7.655 por metro quadrado. Apesar do avanço, o preço dos imóveis ainda segue abaixo da inflação.
No acumulado do ano, a alta nos preços é de 2,17% – contra a expectativa do mercado de 3,82% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A variação representaria então uma queda real de 1,58% no preço dos imóveis.
Em 12 meses, a alta do preço dos imóveis também fica abaixo da inflação: 4,76%, contra previsão de 8,4% do IPCA para o mesmo período. Isso representa uma queda do preço dos imóveis de 3,36% em termos reais.
Encontrar o imóvel dos sonhos, seja novo ou usado, é uma conquista especial. Mas é preciso cuidado para que esse momento não se torne um pesadelo. Alguns erros podem ser evitados com atitudes simples e listamos quatro importantes para não ter problemas na hora da entrega das chaves.
O primeiro ponto é que não ter um profissional acompanhando o processo pode acarretar em um desgaste desnecessário. Principalmente porque a aquisição de um imóvel é um procedimento complexo. “Ele demanda uma análise documental completa. Diante desse cenário é indispensável procurar um corretor de imóveis na aquisição. Trata-se do profissional qualificado para intermediar a negociação com segurança e credibilidade em todas as etapas”, explica Laudimiro Cavalcanti, diretor do Creci-RJ.
Análise dos documentos deve ser criteriosa e profissional pode ajudar no acompanhamento
Não avaliar de forma criteriosa a condição do imóvel é outro erro que pode ser cometido. “No caso de imóveis usados, deve-se elencar todos os itens que permanecerão no imóvel após a concretização da negociação e a entrega das chaves. No caso de imóveis novos é importante se atentar ao memorial descritivo, documento obrigatório na aprovação do projeto que especifica o acabamento, a metragem e as características da unidade imobiliária”, detalha. “Quando não se dá a devida importância para esse documento, é possível identificar, após a entrega das chaves, diferenças no acabamento, gerando reclamações e ações judiciais”, complementa.
Uma vistoria, quando não é bem feita, também pode acarretar em problemas e alguns pontos não devem deixar de ser observados. “Os pontos observados durante a vistoria para receber as chaves são vários. É comum acontecer de portas e janelas estarem empenadas, deve-se abrir e fechar todas mais de uma vez; verifique se tem algum piso solto ou mal colocado; abra todas as torneiras; verifique as descargas; confira todos os pontos de luz e a parte hidráulica, sinais de rachadura, tudo isso terá que ser analisado com atenção”, enumera.
A vistoria é também importante para identificar qualquer necessidade de reparo e, neste caso, não estabelecer as regras para a realização do conserto pode gerar transtornos. “Isso é importante principalmente quando falamos em imóveis usados, que já sofreram desgaste natural devido ao tempo de uso. É preciso conferir se o que foi negociado condiz com o que está sendo entregue, estabelecendo como serão feitos os reparos. É necessária a negociação com o vendedor sobre como será esse ajuste, devendo ser descrito em um documento os detalhes do acordo e de como ele será realizado”, sugere.
Três das maiores incorporadoras listadas na Bolsa divulgaram suas prévias operacionais do segundo trimestre nos últimos dias: Eztec (EZTC3), MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3). Como era de se esperar, os analistas se debruçaram sobre os números para determinar quem se deu melhor e, por tabela, pode oferecer a maior alta para os investidores.
Veja, a seguir, o que a Ágora Investimentos e o Banco Inter acharam do desempenho das três e o que aconselham a fazer com suas ações.
Já Bruno Mendonça e Wellington Lourenço, da Ágora, mostram preocupação com o gargalo de aprovações de novos empreendimentos. “A velocidade das vendas é algo a se observar: o compromisso da Eztec em fornecer uma margem bruta otimizada significa que provavelmente irá extrair prêmios de preço de seu pipeline de alta renda, muitas vezes às custas de suas vendas.”
As recomendações da Ágora e do Inter para as empresas
Apenas a Ágora se manifestou sobre a prévia operacional da MRV. Para a gestora, os resultados reforçam a avaliação de que, “embora o lado operacional da MRV de sua operação no Brasil seja sólido – vemos a empresa atingindo aproximadamente R$ 7 bilhões em lançamentos e cerca de R$ 6 bilhões em vendas em 2021 -, sua margem bruta deve ficar abaixo de seus pares em 2021.”
A estimativa da dupla de analistas da Ágora é que a margem bruta da MRV fique em 28%, ante a média de 34% de suas rivais. Com o cenário interno ainda incerto, as esperanças de melhora estão com a AHS, o braço da MRV nos Estados Unidos.
Tenda
A prévia da Tenda surpreendeu o Banco Inter, que esperava números menores. Para a instituição, isso reforça a avaliação de que a companhia apresentará um desempenho “sólido” neste ano.
*sobre a cotação de fechamento das ações de 16 de julho.
“Devido à folga de seu preço médio nas tabelas do PCVA [Programa Casa Verde-Amarela] e demanda aquecida, a companhia mantém seu cronograma de lançamentos e continua com boa resiliência nas vendas, apesar do processo de reajuste gradual de preços em vigor devido à escalada dos insumos”, afirma o Inter.
A Ágora também ficou satisfeita com os números. “A Tenda apresentou uma sólida prévia operacional para o trimestre, com lançamentos e vendas batendo novos recordes, enquanto a empresa conseguia elevar os preços de venda, amenizando o peso dos maiores custos de construção”, observa.
O balanço parcial do primeiro semestre de 2021 aponta alta nominal de 2,17%. Em12 meses, o avanço nominal foi de 4,76%.
O mês de junho teve a maior alta no preço médio nas vendas de imóveis residenciais desde de agosto de 2014, de 0,57%, quando o crescimento médio mensal ficou em 0,68%. Nos meses anteriores, conforme o Índice FipeZap, o porcentual ficou em 0,48%, em maio, e 0,30%, em abril. A pesquisa é realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios de imóveis em 50 cidades.
O índice mostrou que Manaus teve a maior elevação (2,14%) no preço médio do último mês, seguido de Vitória (1,60%), Brasília (1,49%), Curitiba (1,47%), Goiânia (1,40%), Florianópolis (1 26%), Maceió (0,81%), Fortaleza (0,72%) e Porto Alegre (0,64%). Das 16 capitais monitoradas, 15 apresentaram crescimento. São Paulo apresentou ganho de 0,40%, superando a variação no Rio de Janeiro (0,15%). Campo Grande foi a única exceção, onde a variação registrada foi de queda de 0,94%.
O balanço parcial do primeiro semestre de 2021 aponta ainda para alta nominal de 2,17% no período. O índice é inferior à inflação de 3,82%, registrada neste intervalo de tempo, conforme o comportamento observado e esperado pelo IPCA/IBGE. A informação foi publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil nesta segunda-feira (5).
Se considerados os últimos 12 meses, o avanço nominal foi de 4,76%. Por outro lado, houve queda de 3,36% em termos reais, se comparado com a inflação acumulada (+8,40%). Neste balanço parcial do último ano, todas as 16 capitais monitoradas apresentaram crescimento no preço médio.
Em relação ao preço médio de venda residencial, o Rio de Janeiro liderou o preço mais caro entre as capitais brasileiras, no último mês: R$ 9.545/m2. seguida por São Paulo (R$ 9.529/m2) e Brasília (R$ 8.336/m2). Entre as 16 monitoradas com menor valor médio de venda residencial, incluem-se: Campo Grande (R$ 4.327/m2), João Pessoa (R$ 4.692/m2) e Goiânia (R$ 4.721/m2). No geral, o custo médio das 50 cidades monitoradas pela FipeZap foi calculado em R$ 7.655/m2.
O levantamento destaca as altas acumuladas em 12 meses em Maceió (+14,27%), Vitória (+13,30%), Manaus (+13,29%), Curitiba (+11 08%), Brasília (+10,48%), Florianópolis (+9,47%), Goiânia (+9 22%) e João Pessoa (+8,89%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por sua vez, os resultados acumulados foram de aumento de 4,41% e 2,29%, respectivamente.
Os preços globais sobem no ritmo mais rápido desde 2006, segundo a Knight Frank, com aumentos anuais de dois dígitos
Osmercados imobiliários passam por um momento frenético ao redor do mundo.Em países como Estados Unidos, Reino Unido e China, o setor imobiliário desfruta de uma expansão prolongada.
Os preços globais sobem no ritmo mais rápido desde 2006, segundo a Knight Frank, com aumentos anuais de dois dígitos. Mercados muito caros enviam alertas de bolha que não eram vistos desde o período anterior à crise financeira, segundo análise da Bloomberg Economics.
Há histórias de todo tipo, com compradores desesperados prometendo dar o nome dos vendedores aos primogênitos e edifícios abandonados vendidos por preços de mansões.
Os fatores para a onda são notavelmente consistentes: hipotecas baratas, um desejo pós-pandêmico por mais espaço, novos trabalhadores remotos levando dinheiro das cidades para localidades regionais e, principalmente, um temor generalizado de que, se a compra não for feita agora, nunca mais será possível.
Com os preços em alta, também aumentam os riscos para indivíduos e para a sociedade. Mesmo sem um colapso iminente, hipotecas de alto valor podem deixar os compradores vulneráveis se as taxas de juros subirem, com menos renda disponível para gastar na economia em geral e com maior probabilidade de se aposentarem endividados. Para os mais jovens, a compra de um imóvel é cada vez mais difícil, ampliando ainda mais a desigualdade intergeracional.
Embora reguladores comecem a ficar nervosos, há poucos sinais de ação significativa na maioria dos países. Eles esperam que o mercado comece a esfriar sozinho, argumentando que, devido ao foco de uma década em padrões de crédito mais elevados, combinados com a perspectiva de taxas de juros baixas por um período prolongado, não há um gatilho óbvio para um crash. Grande parte da atividade também está sendo impulsionada por proprietários que planejam morar nas residências, que normalmente não fogem ao mesmo tempo se os preços começarem a cair, como acontece com investidores.
Disputa na Austrália
Não tinha cozinha, banheiro ou eletricidade, muito menos piso ou pintura. Ainda assim, a casa quase abandonada, a cerca de sete quilômetros ao sul do centro da cidade de Sydney, foi vendida por 4,7 milhões de dólares australianos (US$ 3,5 milhões) após uma guerra de lances.
É apenas mais uma venda surpreendente na cidade portuária, onde mais da metade dos imóveis vendidos este ano valiam pelo menos 1 milhão de dólares australianos e os ganhos trimestrais até maio foram os maiores em mais de 30 anos. Os preços dos imóveis subiram 1.263 de dólares australianos por dia em maio, enquanto o mercado imobiliário da Austrália acabou de encerrar o melhor ano fiscal desde 2004, segundo números divulgados na quinta-feira.
“Estou neste setor há 25 anos e nunca vi nada parecido”, disse o corretor Joe Recep, da NG Farah Real Estate. “Recebemos 30 mil consultas sobre a propriedade em quatro semanas - dos Emirados Árabes Unidos, Dubai, EUA, Nova Zelândia e de todos os países asiáticos.”
É o segmento top que puxa o mercado. Compradores que voltaram do exterior com os bolsos cheios e residentes ricos presos no país pelas fronteiras fechadas da Austrália estão dispostos a pagar quantias exorbitantes por um estilo de vida invejável.
Crédito imobiliário acessível e aprendizados da crise de 2014 conseguiram manter o setor aquecido, segundo a presidente da Abecip.
O ano de 2020 começou com altas expectativas para quem trabalha ou investe no mercado imobiliário. Após anos de resultados oscilantes, 2019 tinha se provado um período de ótimos resultados. Nos doze meses seguintes, essa tendência tinha tudo para se fortalecer – e aí veio a pandemia de coronavírus.
E qual foi a grande surpresa? Mesmo em meio à quarentena, ao isolamento social e às incertezas políticas e econômicas, o mercado imobiliário cresceu e segue batendo recordes de vendas e financiamentos imobiliários, mês após mês.
Segundo projeções da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o setor deve fechar este ano com crescimento de 34% em relação ao ano anterior, um feito e tanto perante o cenário nacional.
Para Cristiane Portella, presidente da Abecip, os sinais de retomada vêm desde 2018, e os planos para sustentá-la já continham os principais aprendizados da grande crise iniciada há seis anos. “A crise de 2014 – quando tivemos excesso de oferta, muitas pessoas comprando imóvel na planta e que depois precisaram vendê-los, excesso de lançamentos das incorporadoras – ensinou muito aos envolvidos“, lembra.
O que a pandemia fez, então, foi dar um susto no mercado entre março e abril, forçando-o a pausar em maio e junho para reajustar as velas e alterar o que fosse preciso – por exemplo, aoflexibilizar ou adiar o pagamento dasparcelas de financiamentos. “A partir de julho e agosto, houve um crescimento ainda mais significativo, um acumulado anual de 40% em relação ao ano anterior. Superou o que se esperava”, diz.
A sensação de otimismo é apoiada por frequentes notícias positivas como: aumento no preço médio de venda de apartamentos (+2,31% em 2020); aumento de 9% no número de imóveis vendidos entre julho de 2019 e julho de 2020 (mais de 125 mil unidades); e alta histórica de financiamentos contratados em agosto de 2020 (R$ 11,7 bilhões, o maior valor desde 1994).
A Caixa Econômica Federal anunciou, uma nova rodada de flexibilizações no pagamento do financiamento imobiliário, do qual é líder no Brasil, em meio à pandemia de covid-19. Para aqueles que recebem auxílio emergencial ou seguro-desemprego, o banco vai oferecer uma pausa no pagamento das prestações de até seis meses, informou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
“Conversando com os clientes, decidimos oferecer uma pausa de até seis meses para quem recebe auxílio emergencial e seguro-desemprego”, evidenciou o executivo.
Para o público em geral, a Caixa vai oferecer, conforme Guimarães, o pagamento parcial da prestação do financiamento imobiliário. Será uma redução de até 25% da parcela por até seis meses; de 25% a 74,99% na prestação por até três meses ou uma diminuição de mais de 75% para aqueles que comprovarem perda de renda, casos estes que passarão pelo crivo do banco público.
Os pedidos de pausa e redução das parcelas do financiamento imobiliário devem ser feitos, de acordo com Guimarães, pelo aplicativo do banco público. O executivo participou nesta segunda de evento online sobre resultados e novas medidas do crédito imobiliário e anúncio do Feirão Digital da Casa Própria.
Feirão de imóveis será digital
A Caixa também anunciou a realização do 1º feirão da casa
própria no formato digital. O evento, tradicional na história do banco, ocorrerá entre os dias 25 de junho e 4 de julho, e deve contar com mais de 600 construtoras participantes. “A expectativa é emprestarmos R$ 1,2 bilhão em dez dias”, afirmou Guimarães.
Serão oferecidos 180 mil imóveis em todo o Brasil. Desses, 6 mil pertencem à Caixa e terão condições especiais. O banco público anunciou que financiará 100% do valor desses imóveis, que foram retomados após não terem o crédito imobiliário anterior honrado. Somente essa fatia, conforme Guimarães, pode responder por R$ 210 milhões do montante que a Caixa pretende emprestar no feirão.
A última edição do feirão ocorreu em 2019, antes da pandemia. No ano passado, uma ação chegou a ser prevista, também digital, mas não avançou, com a Caixa debruçada no pagamento do auxílio emergencial.
Antes, o feirão era custeado 100% pelo banco público e as construtoras apenas atuavam como participantes para venderem seus imóveis. Desde 2019, o banco estatal passou o evento (e os custos) às construtoras e se tornou somente patrocinador da ação.
Aumento na carteira de crédito imobiliário – financiamento imobiliário
A Caixa detinha uma carteira de crédito imobiliário de R$ 523 bilhões até maio, um aumento de 9,1% em relação mesmo período do ano passado, segundo Guimarães. O banco somou 5,76 milhões de contratos de financiamento da casa própria de janeiro a maio, com avanço de 5,4% na mesma base de comparação. Com isso, a Caixa fica com uma fatia de 68% do mercado imobiliário brasileiro. financiamento imobiliário
“Temos R$ 52,4 bilhões em crédito imobiliário contratado até maio, um crescimento de 41,4% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. Vamos superar a contratação de 2020, que já foi um ano recorde”, disse Guimarães.
Ele reafirmou o compromisso de abrir 130 novas agências do banco até dezembro de 2021. Nesta segunda, ele está na Bahia para a abertura de uma unidade, a segunda em quatro dias.
Segundo o IBGE, o custo nacional da construção por metro quadrado passou, em maio, para R$ 1.387,73, ante os R$ 1.363,41 registrados em abril. (Imagem: REUTERS/Washington Alves)
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou o mês de maio com alta de 1,78%, ficando 0,09 ponto percentual abaixo do registrado em abril, quando o indicador subiu 1,87%.
No acumulado de 12 meses, a taxa subiu 18,18%, a maior alta da série histórica, ficando acima dos 16,31% registrados nos 12 meses anteriores. De janeiro a maio, o acumulado ficou em 8,71%. Em maio do ano passado, o Sinapi fechou em 0,17%.
Segundo o IBGE, o custo nacional da construção por metro quadrado passou, em maio, para R$ 1.387,73, ante os R$ 1.363,41 registrados em abril. Desse valor, R$ 810,08 são relativos aos materiais e R$ 577,65 à mão de obra.
Os dados mostram que os materiais ficaram 2,66% mais caros, uma queda de 0,48 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a taxa fechou em 3,14%.
Na comparação com maio de 2020, houve aumento de 2,47 pontos percentuais. O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explica que a alta nos materiais foi registrada em todo o país, puxada pela influência do aço.
“Houve alta generalizada nos preços dos materiais em todo o país, sobretudo na Bahia, que teve a maior alta, 4,94%. Os materiais também apresentam o maior índice acumulado dos últimos 12 meses de toda a série histórica, 31,58%. Dentre eles, aqueles que têm aço como matéria prima de produção continuaram com forte influência, já evidenciada em meses anteriores. Estamos trocando meses com variações baixas no ano passado por variações altas em 2021.”
A parcela referente à mão de obra subiu 0,58%, influenciada pelos dissídios coletivos que foram homologados no mês no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O índice ficou 0,40 ponto percentual acima do registrado em abril (0,18%) e 0,44 ponto percentual maior na comparação com maio de 2020 (0,14%). No acumulado de 12 meses, a mão de obra subiu 3,44%.
Índices regionais
Por regiões, o Sudeste registrou alta na parcela dos materiais em todos os estados e fechou maio com a maior variação regional, de 2,07%. Na Região Norte, o Sinapi do mês ficou em 1,16%, no Nordeste em 1,90%, Sul com 1,14%, e no Centro-Oeste construir está 1,69% mais caro.
Por metro quadrado, os custos ficaram em R$ 1.367,38 na Região Norte, R$ 1.318,11 no Nordeste, R$ 1.441,87 no Sudeste, R$ 1.438,67 no Sul e R$ 1.352,93 no Centro-Oeste.
A maior variação entre os estados foi registrada no Rio de Janeiro, com alta de 3,73%, seguido da Bahia (2,95%) e Mato Grosso (2,66%).
A Benx Incorporadora bateu todos os seus recordes de vendas, no ano passado, e estima que vai bater novos recordes neste ano quando deve fechar vendas de 1,7 bilhão de reais em lançamentos de imóveis residenciais e de escritórios.
Mas o diretor da empresa, Luciano Amaral, diz que está muito preocupado com a variação brusca de preços de materiais da construção civil como aço, cobre, PVC e alumínio.
Nos três primeiros meses, a variação do preço de alguns insumos chegou a 30% e a empresa já está revendo planilhas e prevê aumento de preços no próximo ano. “Para este ano estamos bem posicionados, mas já estudamos reformular produtos e notamos que alguns terrenos se tornam inviáveis”, diz Amaral. “Novas aquisições só se viabilizam com preço novo”.
Amaral diz que o ritmo da construção civil também poderá ser afetado e diz que já afetou a faixa econômica, como imóveis da Casa Verde Amarela que tem limites de preço.
O home office tem alterado o estilo de vida dos brasileiros. Este modelo de trabalho adotado por muitas empresas no momento de isolamento social também anda influenciando a busca de imóveis, pois é possível que ele se mantenha mesmo após o retorno à normalidade. Esta é a percepção da 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pela DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, que viu crescer a preferência por casas.
As mudanças nas características de moradia apontadas como mais importantes na 3ª e 4ª ondas, realizadas respectivamente em junho de 2020 e março de 2021, mostram que o interesse por casas aumentou de 38% para 45%, enquanto o desejo por imóveis próximos do local de trabalho caiu de 48% para 41%.
Para Edivaldo Constantino, economista do DataZAP, em parte, esses dados ilustram o novo cotidiano das pessoas. “Ao passo que a recomendação sanitária ainda é sair o mínimo possível de casa, o espaço precisou se adaptar aos longos períodos vividos dentro dela, o que fortaleceu a preferência por ambientes mais amplos e que permitam o trabalho remoto”, explica Edivaldo.
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